Cinco meses depois do início do conflito, responsáveis admitem que precisam de «dar esperança ao povo»
Lisboa, 03 ago 2022 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (FAIS) anunciou que o apoio às vítimas da guerra na Ucrânia atingiu os cinco milhões de euros, mais de cinco meses após o início do conflito.
“Após os primeiros cabazes de ajuda imediata, a Fundação AIS prometeu mais 2,5 milhões de euros nos últimos três meses, de maio a julho, para apoiar a Igreja na Ucrânia. Com a aprovação em julho de 34 novos projetos, o apoio prestado pela Fundação AIS atingiu cinco milhões de euros em 2022”, informa uma nota enviada à Agência ECCLESIA.
A fundação pontifícia faz um balanço do apoio enviado ao país, para a “ajuda de emergência e outras iniciativas para ajudar a Igreja Católica de ambos os ritos no seu gigantesco esforço para permanecer com o seu povo”.
“As piores consequências da guerra não se farão sentir a curto prazo: os efeitos psicológicos, físicos e humanitários só se sentirão mais tarde. Só Deus pode curar as feridas mais profundas, mas podemos tentar atenuar as necessidades mais imediatas e apoiar a Igreja local para que esta possa permanecer no terreno”, diz Thomas Heine-Geldern, presidente-executivo da AIS Internacional.
Segundo o responsável, “graças à ajuda dos benfeitores da Fundação AIS”, a Igreja pode “compensar a escassez de alimentos e produtos de primeira necessidade” e “dar apoio psicológico e espiritual aos que estão traumatizados por terem perdido casas ou ente-queridos”.
Já Magda Kaczmarek, que tem orientado os projetos da Fundação AIS na Ucrânia nos últimos 14 anos, afirma que estão em “contacto diário com todo o país” para poder identificar os projetos que a Igreja local considera prioritários e ser flexíveis na nossa ajuda mensal”.
“A Igreja é a âncora que mantém o barco estável através da mudança das marés e a principal preocupação e medo que todos sentem tem a ver com a chegada do Inverno, mas agora também estão preocupados que, no final de agosto, a escassez de alimentos e de combustível se torne ainda mais grave”, explica.
A responsável adianta que as “igrejas abriram as suas portas a todos e acolhem agora milhares de deslocados internos em todas as dioceses” mas que esta realidade representa “um desafio financeiro”.
“Durante estes cinco meses, pudemos dar muita ajuda e vamos continuar a fazê-lo. Precisamos de dar esperança ao nosso povo”, conclui.
SN