JMJ Lisboa 2023: «Venham todos», pede responsável da Direção do Acolhimento e Voluntariado

Organização já conta com mil «chefes de equipa», que vão coordenar milhares de voluntários

Lisboa, 03 ago 2022 (Ecclesia) – Margarida Manaia, responsável da Direção do Acolhimento e Voluntariado no Comité Organizador Local (COL) da JMJ Lisboa 2023, disse que a organização estima a necessidade de “20 a 30 mil voluntários” do país e do estrangeiro, desejando que este convite “chegue a todos”.

“Não há qualquer impedimento, se sabem português, se vêm de empresas, se vêm de paróquias… venham todos”, referiu, em entrevista à Agência ECCLESIA.

A responsável sublinha que este é “um número muito grande”, pelo que a proposta está aberta a “todos”, católicos ou não, “jovens ou menos jovens”.

Os voluntários que vão marcar presença nos eventos centrais e espaços públicos devem ser maiores de 18 anos de idade.

O percurso até ao encontro de Lisboa, de 1 a 6 de agosto de 2023, vai ser acompanhado por propostas de “pastoral e de formação”, para que todos saibam o que é uma Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e as funções necessárias.

“O voluntário é o rosto da Jornada, para muitos peregrinos, por isso tem de ter simpatia, servir, encaminhar as perguntas que lhe foram surgindo, resolver o melhor possível os imprevistos que forem surgindo”, precisa Margarida Manaia.

Na semana anterior ao grande evento, os voluntários são chamados a estar em Lisboa para receber formação e “informação essencial”.

A organização da JMJ Lisboa 2023 conta com mais de mil “chefes de equipa” inscritos, oriundos de todo o país, que serão responsáveis por grupos de cerca de 15 voluntários, atuando a nível paroquial (Lisboa, Setúbal e Santarém, onde vão ficar hospedados os peregrinos) ou nos eventos centrais.

“Pensamos ter pessoas que chefiam grupos de voluntários. O seu papel não é unicamente coordenar, é executar funções com a sua equipa”, precisa a entrevistada, estimando que serão necessários 2000 a 2500 chefes.

Chefes de Equipa. Foto: JMJ Lisboa 2023

Os responsáveis do COL contactaram paróquias, dioceses, movimentos, associações e até empresas, para pedir que sejam referenciados estes “chefes”, com capacidade de coordenação.

“Vamos ter um ambiente multicultural, por um lado, e por outro com muita gente, muita confusão, em que os chefes de esquipa deverão ser estas pessoas que se desenvencilham, nos imprevistos, e sabem coordenar”, observa Margarida Manaia.

A Direção do Acolhimento e Voluntariado assegura o processo de inscrição dos peregrinos, o seu acolhimento e atribuição de alojamentos e o recrutamento de voluntários.

A responsável adianta que as inscrições vão abrir “depois do verão” europeu, no site oficial da JMJ Lisboa 2023, com uma plataforma própria para peregrinos e voluntários, bem como para os eventos do Festival da Juventude.

“Não percam tempo, inscrevam-se, porque há vantagens para quem se inscreve primeiro e começam a fazer parte de um caminho”, apela.

Os peregrinos vão poder inscrever-se por grupos ou individualmente, em diversos pacotes (alojamento, alimentação, transporte), num processo que se prolonga até ao último dia da jornada – Margarida Manaia recomenda que todos o façam antes, para que todos se “preparem melhor”.

“É um processo bastante desafiador, porque não encerra antecipadamente”, admite a entrevistada, falando num percurso que não se esgota nas celebrações de agosto de 2023.

“A jornada já começou, para quem a está a organizar, para quem já é voluntário. Há uma riqueza tão grande que é bom que se inscrevam logo, para a aproveitar da melhor forma”, precisa.

A coordenadora da Direção do Acolhimento e Voluntariado explica que os responsáveis têm procurado aprender com as “boas práticas” das jornadas anteriores e de outros grandes eventos realizados em Portugal.

O desconhecimento do número exato de peregrinos, face ao cenário de incerteza provocada pela pandemia, a guerra e a crise económica, “dificulta imenso todo o processo e a preparação”.

As edições internacionais da JMJ são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo.

A JMJ nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, tendo depois passado pelas cidades de Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019)

PR/OC

 

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