Moçambique: Padre italiano cria «Laboratório da Liberdade» para ajudar na reinserção de reclusos

Projeto tem como lema «do lixo ao luxo», com propostas de arte e espiritualidade

Padre António Perretta Foto: José Villalón/ACN

Paulo Aido, da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, em serviço especial para a Agência ECCLESIA

Maputo, 23 nov 2021 (Ecclesia) – O padre António Perretta trabalha juntos de reclusos e suas famílias, na Arquidiocese de Maputo, Moçambique, através do projeto “Casa da Misericórdia” e quer apostar agora no “Laboratório da Liberdade”, com o lema “Do lixo, para o luxo”.

“Este projeto envolve os presos nas dimensões globais da pessoa humana. A parte espiritual, através da oração com a escola bíblica, a parte intelectual através da chamada escola da vida, e a parte prática operativa baseada nos laboratórios de arteterapia pela reciclagem”, explica o sacerdote.

O membro da comunidade missionária Villarregia tem passado os últimos anos junto dos reclusos e de suas famílias, num “trabalho cíclico”, como considera por ser necessário acompanhar a reabilitação.

“A Igreja quer acompanhar a reinserção social destes presos porque alguns não têm família, não têm documentos, não têm nada nem ninguém”, refere o missionário italiano.

O padre António Perretta apoia cerca de 150 famílias de antigo reclusos, com cesta básicas levada numa carrinha, com o apoio de várias associações e da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS).

O ‘Laboratório da Liberdade’ nasce para os reclusos que desejarem desenvolverem a “formação e o trabalho produzindo através de produtos muito simples, descartáveis, obras de arte que depois vendemos nas comunidades e com o que tentamos pagar as custas judiciais dos presos, o sustento das famílias à distância e o apoio para a fase de reinserção fora da cadeia”.

“Nós tentamos, com amor e através do Evangelho, reativar todas as suas potencialidades, dar dignidade às pessoas que se consideram lixo ou que são consideradas lixo pela sociedade, e permitir transformar as suas vidas no luxo que é serem apreciadas fora da cadeia”, indica o missionário.

SN/AIS

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Agência ECCLESIA

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