Palavras de D. Antonino Dias na homilia do Dia Mundial da Paz “Ninguém pode ficar indiferente ao referendo a realizar em Fevereiro sobre a liberalização do aborto. É um dever cultural e civilizacional usar e erguer a voz” afirmou D. Antonino Dias na Missa do Dia Mundial da Paz. Para sublinhar a importância da vida, o Bispo auxiliar de Braga citou documentos do Papa João Paulo II, a mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz e também a Declaração dos Direitos da Criança, adoptada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1959. “A vida é uma causa universal que não se restringe a qualquer convicção particular, religiosa ou ideológica”, referiu, e por isso é uma causa que congrega “crentes e não crentes, assim como pessoas de diferentes opções políticas”. Para justificar o “Não”, D. Antonino Dias afirmou que falta “celebrar, transmitir, esclarecer, e educar para o dom, o valor e a dignidade da vida humana desde o seu primeiro momento”, pedindo para isso, “o empenho de todos neste esclarecimento das consciências com serenidade, respeito pela mulher e um grande amor à vida” e lembrando que em Portugal já existe uma lei sobre o aborto, “já de si imoral, mas existe” mas que prevê as situações em que é possível realizar um aborto num estabelecimento de saúde. “O aborto é sempre uma violência, sejam quais forem as razões. Ninguém tem o direito de decidir sobre a vida de um ser humano, mesmo que seja a mãe. Os pais, como todos nós temos a obrigação de defender e proteger”, sublinhou o Bispo auxiliar. D. Antonino Dias referiu ainda, na sua homilia que o direito à vida “passa também pela sua qualidade”, na saúde, na alimentação, higiene, família, segurança, trabalho, educação e muitos mais factores “no quotidiano da vida”. O Bispo auxiliar lembrou ainda a violência familiar e os idosos e doentes esquecidos pelos seus familiares e apontou ainda a “sinistralidade elevada nas estradas” como sinal da “falta de cidadania e de educação que implica o respeito pelos outros”. (Com Diário do Minho)
