China: Fundação pontifícia alerta para «nova estratégia» para limitar «atividades religiosas»

AIS alerta que China está a viver a «mais séria repressão desde a Revolução Cultural»

Foto: Fundação Ajuda à Igreja que Sofre

Lisboa, 09 set 2021 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) informa que as autoridades chinesas “oferecem recompensa” pela denúncia de atividades cristãs que são consideradas ilegais, uma “nova estratégia” para a limitação das atividades religiosas.

“Este sistema visa detetar a infiltração ilegal de estrangeiros, mas também poderá permitir o acesso às autoridades comunistas sobre ‘atividades transregionais não autorizadas, pregação e distribuição de obras religiosas impressas e produtos audiovisuais fora dos locais de culto’, ‘doações não autorizadas, ou reuniões em casas particulares’”, explica a AIS na informação enviada à Agência ECCLESIA.

A fundação pontifícia, através do jornal ‘China Christian Daily’, na província de Heilongjiang, no nordeste do país, adianta que o sistema de recompensas entrou em vigor recentemente e quem as realiza – por telefone, ‘email’ ou carta – pode “receber até mil yuans, ou seja, cerca de 130 euros”.

A instituição internacional Ajuda à Igreja que Sofre recorda que no seu mais relatório sobre liberdade religiosa na China alerta que o país está a viver “a mais séria repressão desde a Revolução Cultural”.

“A política é mais centralizada, a repressão é mais intensa e generalizada, e a tecnologia está a ser aperfeiçoada para a criação de um Estado de vigilância; Sob a atual liderança de Xi Jinping, as perspetivas para a liberdade religiosa, e os direitos humanos em geral, estão a tornar-se cada vez mais frágeis”, salienta ainda a AIS do seu documento publicado em abril deste ano.

CB

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