Lourinhã: Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança presidiu à bênção de «Memorial aos Combatentes»

«Celebramos acontecimentos, mas igualmente atos e sobretudo pessoas. Em homenagem, em reconhecimento, mas também em oração e louvor» – D. Rui Valério

Foto: www.rcl99fm.pt/

Lourinhã, 30 ago 2021 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança presidiu à Missa e bênção do ‘Memorial aos Combatentes’ do Paço, este domingo, no lugar da Freguesia de São Bartolomeu dos Galegos e Moledo, na Lourinhã.

“Acolhemos da história a magnitude dos atos heroicos dos Combatentes de todos os tempos; daqueles que a partir das frentes de batalha suportam o presente e projetam o futuro. Celebramos acontecimentos, mas igualmente atos e sobretudo pessoas”, disse D. Rui Valério na homilia da Eucaristia enviada à Agência ECCLESIA.

O bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança referiu que se acolhe da história a “magnitude dos atos heroicos” dos combatentes de todos os tempos, daqueles que a partir das frentes de batalha “suportam o presente e projetam o futuro”.

“Celebramos acontecimentos, mas igualmente atos e sobretudo pessoas. Em homenagem, em reconhecimento, mas também em oração e louvor. Por isso, estão connosco todos os Combatentes que, no Campo da Honra, derramaram a sua vida por um mundo livre e mais justo; ofereceram a sua vida por todos nós”, desenvolveu, observando que a atitude é “certamente de reconhecimento, mas também de admiração”.

O bispo do Ordinariato Castrense começou a sua homilia a citar o Papa São João Paulo II: “Só onde existe memória, também existe esperança. É o sentido do passado que sustenta a construção do futuro”.

“Os nossos combatentes de ontem, sejam os de hoje não agiram e não agem determinados por desígnios feitos segundo as medidas humanas, nem se orientaram por critérios plasmados por nenhuma mente criada, mas atuaram e atuam obedientes à voz de Deus que ecoava nas suas consciências e seus corações e era a palavra divina que os impelia a avançar e a dar a vida por Portugal”, desenvolveu.

Na homilia onde explicou que existem batalhas em três frentes distintas, “a bélica, a descrença, e a do desespero”, D. Rui Valério lembrou também a dimensão da esperança, que tem um “caráter transcendente porque orientada sempre para um futuro absoluto, não efémero ou transitório, que só em Deus encontra abrigo definitivo”.

“Todos os nossos heroicos combatentes desde São Mamede, de Ourique, de Aljubarrota, a La Lys, passando por África, Ásia e América, até aos atuais campos da República Centro Africana, do Afeganistão, ou do Iraque, ou Mali, ou no Golfo da Guiné sempre acreditaram e acreditam até ao fim e esse é um dos mais honrosos aspetos da sua glória. Decerto, para todos chega o momento de se perguntar ‘onde está Deus misericordioso e bondoso, esse Deus protetor, esse guardião do ser humano?’”, salientou D. Rui Valério.

Neste contexto, explicou que o facto de terem permanecido e “permanecerem até ao limite das suas forças” diz bastante sobre a “sua crença em si próprios e da sua fé em Deus” que “jamais abandona o ser humano quando este tropeça junto ao abismo da morte”.

Após a Eucaristia, seguiu-se a bênção do ‘Memorial aos Combatentes’ do Paço, que estiveram em guerras no Século XX, pelo bispo das Forças Armadas e Forças de Segurança, a sua inauguração, e uma homenagem aos mortos em combate, no lugar da Freguesia de São Bartolomeu dos Galegos e Moledo (Lourinhã).

CB

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Agência ECCLESIA

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