Braga: D. Jorge Ortiga aponta a um «tempo novo», distante da «repetição, substituição ou adaptações» (c/fotos)

Missa de ordenação de quatro novos padres decorreu no dia em que completou 22 anos como arcebispo de Braga 

Braga, 18 jul 2021 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga presisidiu hoje à Missa de ordenação de quatro novos sacerdotes e disse na homilia que é necessária “uma presença da Igreja mais visível” e apontou a um “tempo novo”, distante de “adaptações”.

“Nós, caríssimos sacerdotes e vós que sois ordenados teremos de anunciar e profetizar o futuro. Não com a repetição, substituição ou adaptações. É um tempo novo. É o Ressuscitado que o cria”, disse D. Jorge Ortiga.

No dia em que completou 22 anos como arcebispo de Braga, memória litúrgica de São Bartolomeu dos Mártires que foi arcebispo de Braga no século XVI, D. Jorge Ortiga presidiu à Missa de ordenação sacerdotal dos diáconos Jorge Miguel Ferreira Rodrigues, Paulo António Marques Pereira e Pedro Joaquim Antunes, da Arquidiocese de Braga, e Francisco Cortês Ferreira, jesuíta.

Jorge Miguel Ferreira Rodrigues é da paróquia de S. João Baptista de Nogueira, no arciprestado de Braga, Paulo António Marques Pereira da paróquia de Santa Marinha de Covide, no arciprestado de Terras de Bouro, e Pedro Joaquim Antunes da paróquia de Santa Maria de Bouro, do arciprestado de Amares; Francisco Cortês Ferreira, natural de Coimbra, estudou na colégio jesuíta das Caldinhas, em Santo Tirso, entrou para a Companhia de Jesus no ano 2009 e atualmente vive em Paris, onde continua os seus estudos teológicos.

A celebração decorreu na Cripta da Basílica do Sameiro, em Braga, com a participação de convidados de cada um dos novos sacerdotes e transmitida pelas redes sociais da Arquidiocese de Braga.

Na homilia da Missa, D. Jorge Ortiga referiu-se a um cansaço provocado por “tanta hesitação sobre o que fazer e como fazer”, disse que o confinamento provocou distanciamentos do povo “que exige permanente dedicação” e referiu que “não é momento para cruzar os braços e esperar que tudo mude”.

“O nosso povo está a precisar de uma presença da Igreja mais visível. Necessita de saber que não está sozinho nesta hora de desorientação”, afirmou.

Foto Agência ECCLESIA/PR

“Poderemos não ter capacidade para lhes mostrar tudo o que devem fazer. Bastará que saibam, por obras e palavras, que não estão sozinhas. Juntos experimentaremos a presença de Cristo que será a luz. Porventura não tão clara como todos queriam.  O que importa é que nos coloquemos todos a caminho com o povo”, sublionhou.

O arcebispo de Braga desafiou a um caminhar contínuo, “não isoladamente, mas sinodalmente”, lembrando que “a sinodalidade não é uma opção pastoral entre tantas outras que uns podem ou aceitar ou negligenciar”.

“Ontologicamente a Igreja é sinodal. Sem este processo não será ela própria. Será um produto histórico que muitos desconhecem e a quem negam credibilidade e razão de ser”, afirmou.

D. Jorge Ortiga pediu os novos padres que cuidem a “santidade coletiva”, “única forma” de realização e “certeza de ser resposta credível às esperanças do povo”.

“Acreditai seriamente que antes de serdes padres realizadores de tarefas pastorais, tereis de ser seguidores de Cristo”, sublinhou D. Jorge Ortiga.

No dia de São Bartolomeu dos Mártires, D. Jorge Ortiga publicou as nomeações para paróquias e serviços da Arquidiocese de Braga, nomeadamente dos três sacerdotes diocesanos ordenados na Cripta do Sameiro, que recordou no final da celebração de ordenação sacerdotal.

Foto Agência ECCLESIA/PR

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