Viana do Castelo: Diocese rezou pelo fim da pandemia na peregrinação ao Sagrado Coração de Jesus

Celebração acontece desde 1918 e nasceu no contexto da gripe pneumónica

Foto Diocese de Viana do Castelo

Viana do Castelo, 14 jun 2021 (Ecclesia) – O administrador diocesano de Viana do Castelo rezou pelo fim da pandemia de Covid-19, este domingo, na Missa da peregrinação ao Sagrado Coração de Jesus, que se realiza desde a febre pneumónica, no Parque das Tílias.

“Seja com essa mesma fé, esperança e amor, que, agora, lhe suplicamos o fim desta pandemia, denominada Covid-19 e suas variantes”, disse monsenhor Sebastião Pires Ferreira, na “montanha sagrada de Santa Luzia”.

A Peregrinação Diocesana ao Sagrado Coração de Jesus de Viana do Castelo realiza-se desde 1918, no contexto da gripe pneumónica, e o administrador diocesano de Viana do Castelo assinalou que este ano e em 2020 não se realizaram da forma tradicional.

“Estamos, aqui, com a mesma fé sólida, com a mesma esperança firme e com o mesmo amor inalterável ao Sagrado Coração de Jesus; Foi esta mesma fé na presença real de Jesus sacramentado, omnipotente e cheio de misericórdia, que levou os vianenses, de há cem anos, a subir, rezando e cantando, a suplicar o fim da febre pneumónica e a súplica foi ouvida e a graça foi concedida”, desenvolveu na homilia, enviada à Agência ECCLESIA.

No contexto da atual pandemia, monsenhor Sebastião Pires Ferreira destacou que esta veio não apenas perturbar o cumprimento deste compromisso de peregrinar, mas “as vidas, a saúde, os hábitos, as profissões, a prática religiosa, as tradições seculares, e as liberdades democráticas”.

“Sobretudo, a nível mundial, veio antecipar a morte de milhões de pessoas, fazendo-as passar por uma morte inglória”, acrescentou.

Segundo o responsável diocesano, a peregrinação ao Sagrado Coração de Jesus entranhou-se no coração das pessoas e o compromisso anual “tornou-se uma promessa, a promessa tornou-se tradição e a tradição tornou-se necessidade e exigência”.

Monsenhor Sebastião Pires Ferreira salientou o compromisso assumido pelos antepassados, “em momento trágico, para a população portuguesa”, quando os serviços de saúde “eram precários e escassos e só «a fé nos salva»”.

A partir da liturgia, da primeira leitura do profeta Ezequiel, o administrador diocesano de Viana do Castelo declarou que, sob o olhar de Deus a força de Jesus Cristo e a ação do Espírito Santo, “tudo renasce, tudo revigora, tudo recria”.

O clero e a população do arciprestado de Viana do Castelo determinaram que a peregrinação se realizasse todos os anos, desde 1918, no domingo seguinte à Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, que a Igreja Católica celebrou, este ano, a 11 de junho.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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