Como não se trata de “uma campanha política ou religiosa”, os bispos portugueses “darão orientações aos fiéis relativamente à questão do aborto” – disse à Agência ECCLESIA D. Carlos Azevedo, Secretário da Conferência Episcopal Portuguesa, que ontem (17 de Outubro) realizou o Conselho Permanente deste mês. E acrescenta: “ajudaremos os fiéis a esclarecer a sua consciência” . Em cada diocese haverá pessoas “a quem o bispo encarregará de fazerem esta contribuição” – frisou D. Carlos Azevedo. Depois do Parlamento decidir se haverá ou não um referendo sobre esta questão “tomaremos alguma posição”. Na próxima assembleia plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) irá reflectir-se sobre alguns documentos. “A transmissão da fé na família e na escola, incluindo também a Universidade nesta dimensão, para dar continuidade ao tema da transmissão da fé que tem sido transversal a todas as reuniões deste triénio” – sublinhou D. Carlos Azevedo. Com as dificuldades que a família atravessa, a escola “deverá ser transmissora da fé”. Do ponto de vista dos educadores católicos – “onde passa a dimensão cultural da religião” – a Escola Católica é chamada a fazer “um papel de transmissão da fé ao seus alunos”. A possibilidade de uma Nota Pastoral sobre a Procriação Medicamente Assistida será outro dos pontos da agenda da próxima assembleia. “O documento será objecto de estudo”, tal como “a reflexão sobre o ensino da Teologia em Portugal”. Com os diversos institutos e faculdades “é necessário uma articulação em ordem ao Processo de Bolonha” – disse o secretário da CEP.