Lisboa: Pandemia mostrou «parábolas do Ressuscitado» em muitos testemunhos de abnegação e serviço, afirmou D. Manuel Clemente

Cardeal-patriarca valorizou na Vigília Pascal os gestos de ajuda e a «criatividade» nas comunidades cristãs

Lisboa, 03 abr 2021 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa afirmou hoje na homilia da Vigília Pascal que os gestos de ajuda a quem sofre por causa da pandemia são “parábolas do Ressuscitado”, traduzidos em “muitos testemunhos de abnegação”.

“Durante pandemia que nos chegou tão duramente, recolhi muitos testemunhos de abnegação, de pessoas que nos mais diversos setores serviram realmente os outros, no que à saúde, à companhia, ao trabalho à a sobrevivência diz respeito”, disse D. Manuel Clemente.

Para o cardeal-patriarca de Lisboa, a solidariedade que aconteceu no contexto da pandemia impressionou pela determinação em ajudar “mesmo sem nada”, só “pelo coração”.

“Os que mais me impressionaram, também em linguagem crente, foram os que persistiram em fazê-lo, mesmo sem nada ou quase nada de seu, quanto a possibilidades e meios, técnicos ou outros. Foram pelo coração e a vida reapareceu”, sublinhou D: Manuel Clemente.

O bispo da Diocese de Lisboa valorizou também os projetos solidários que surgiram nas comunidades cristãs, “quer pelo esforço e criatividade dos eu ministros, quer por múltiplas iniciativas dos crentes, por si ou associados com outros, nas organizações sociocaritativas ou criadas ad hoc e com especial protagonismo juvenil”.

“Assim se sucedem na vida de todos os dias os sinais da ressurreição interpretáveis à luz da Páscoa de Cristo”, afirmou D. Manuel Clemente, referindo-se a momentos concretos de profissionais ou voluntários na área da saúde ou de apoio social que aconteceram no contexto da pandemia.

“Não nos pareçam coisas pequenas, indistintas, quase. São, isso sim,  manifestação segura da realidade pascal”, sublinhou D. Manuel Clemente

O cardeal-patriarca de Lisboa disse que “este ano difícil evidenciou muitas ‘visões’ do ressuscitado a quem esteve atento aos outros e através deles experimentou a sua presença viva e vivificante”.

“Para nós crentes, é a confirmação da Palavra ouvida e acolhida. Sabemo-lo com outros, para testemunharmos a todos a Ressurreição de Cristo nos dramas do mundo”, afirmou.

O cardeal-patriarca de Lisboa presidiu à Vigília Pascal na Sé de Lisboa que iniciou com a bênção do “lume novo” e do Círio Pascal, seguindo-se a proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor; na “Grande Vigília” são depois proclamadas uma série de leituras sobre a História da Salvação, é feita a renovação das promessas do Batismo e, por fim, celebra-se a liturgia Eucarística.

PR

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