Desenvolvimento: Responsável por rede de organizações católicas saúda nova encíclica do Papa

Josianne Gauthier, secretária-geral da CIDSE, associa-se a alertas contra «tendências de construção de muros, de autoproteção, nacionalismo e isolamento»

Foto: FEC

Lisboa, 13 out 2020 (Ecclesia) – A secretária-geral da CIDSE, rede internacional de organizações católicas para o desenvolvimento, saudou a nova encíclica do Papa, ‘Fratelli Tutti’, associando-se aos alertas contra “tendências de construção de muros, de autoproteção, nacionalismo e isolamento”.

“Na sua terceira Carta Encíclica, o Papa Francisco desafia-nos uma vez mais a sair das nossas perigosas tendências de construção de muros, de autoproteção, nacionalismo e isolamento. Apela às instituições multilaterais, aos políticos, aos governos, mas também aos indivíduos para que formem um novo tipo de comunidade humana”, refere Josianne Gauthier, num texto enviado hoje à Agência ECCLESIA pela Fundação Fé e Cooperação (FEC), organização portuguesa que integra a CIDSE.

A responsável destaca as mensagens que Francisco dedica à solidariedade e fraternidade, colocando o novo documento em continuidade com a encíclica ‘Laudato Si’, de 2015, sobre a ecologia integral.

“Continua e aprofunda esta reflexão sobre a relação entre a forma como tratamos a terra e a forma como nos tratamos uns aos outros, aproximando-nos cada vez mais do nosso próprio papel e responsabilidade na forma como tratamos o nosso vizinho”, escreve.

O que é claro, ao longo desta leitura, é que novos sistemas devem ser imaginados, novas ideias devem ser consideradas, novos caminhos devem ser construídos, e a única maneira de isto acontecer é se abrirmos os nossos corações à justiça, dignidade, solidariedade e bem comum”.

 

Josianne Gauthier sublinha o papel desempenhado pelo Papa durante a atual pandemia, ao sublinhar a interdependência comum da humanidade e a valorizar outras tradições, como aconteceu também em 2019, durante o Sínodo especial para a Amazónia.

“Só juntos curaremos este mundo ferido, só transformando, convertendo-o numa cultura de cuidado, de responsabilidade, de harmonia e de escuta, sairemos mais fortes desta crise”, aponta a secretária-geral da CIDSE.

OC

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Agência ECCLESIA

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