Alpedrinha homenageia o «seu» Cardeal

Nos 600 anos do nascimento D. Jorge da Costa, conhecido como o Cardeal de Alpedrinha, vai ser homenageado na passagem dos 600 anos do seu nascimento. Misericórdias, autarquias e um representante do Vaticano fazem parte da comissão de honra para recordar um homem que só não foi papa porque não quis. A União das Misericórdias Portuguesas está a preparar uma homenagem pela passagem dos 600 anos do nascimento de D. Jorge da Costa, conhecido como o Cardeal de Alpedrinha. As comemorações deverão ter início em Setembro deste ano, por altura da data do seu nascimento, e só vão terminar em 2008, por ocasião da data do seu falecimento, dado que o Cardeal D. Jorge da Costa viveu 102 anos. D. Jorge da Costa nasceu em Alpedrinha, obtendo a sua formação nos Seminários da Diocese da Guarda. Depois de ter estado alguns anos em Lisboa, já como cardeal, foi desempenhar funções no Vaticano, o mesmo Estado que o viria a escolher para ser o sucessor de Pedro. D. Jorge da Costa foi eleito papa, mas recusou o lugar. Manuel Antunes Correia, recorda que D. Jorge da Costa “só não foi papa porque não quis. Por altura do Papa Júlio II, o cardeal de Alpedrinha viria a ter mais votos que todos os outros mas D. Jorge viria a renunciar o lugar”, diz o provedor da Misericórdia do Fundão, uma das entidades promotoras da homenagem. Na história da Igreja, o homem nascido em Alpedrinha poderia ter sido Papa mas preferiu dar o lugar a Júlio II. Este foi o motivo pelo qual no acto do cumprimento ao novo papa, quando o Cardeal D. Jorge da Costa ia cumprimentar o novo papa, Júlio II não deixou que o cardeal se ajoelhasse porque entendeu que aquele era o seu lugar, e que só o ocupara porque D. Jorge da Costa o tinha recusado. A União das Misericórdias Portuguesas conta com as autarquias de Lisboa e do Fundão e ainda com uma representação do Vaticano na organização. Para assinalar a data, Manuel Antunes Correia diz que será lançado um livro sobre a figura de D. Jorge da Costa, da autoria de três historiadores. Sendo o Fundão a sede do secretariado regional de Castelo Branco da União das Misericórdias, Manuel Correia, diz que as Misericórdias da região não poderiam ficar alheias às comemorações quando está em causa a figura do homem que influenciou a Rainha D. Leonor a criar as Misericórdias em Portugal. Não é por ocaso que as Misericórdias mais antigas, a seguir a Lisboa, estão no distrito de Castelo Branco, que conta actualmente com 26 Misericórdias. O programa definitivo ainda não se encontra concluído, estando neste momento a ser feitas algumas reuniões com a comissão de honra, que vai juntar personalidades do Vaticano, Lisboa, Fundão e Alpedrinha. Os bispos das Dioceses de Portalegre e de Castelo Branco, e da Diocese da Guarda integram também a comissão de honra das comemorações, que vão prolongar-se até 2008, recordando a data de 1508, altura em que faleceu o homem que ficou na história da Igreja e da região. Reconquista

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Agência ECCLESIA

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