“Mas sem fundar um partido cristão” – realçou o Tomás Oliveira Dias. “Não é preciso fundar nenhum partido cristão” porque “religião é uma coisa e política é outra” mas os cristãos “devem participar mais activamente na política” – disse à Agência ECCLESIA Tomás Oliveira Dias, Presidente da Comissão Justiça e paz da diocese de Leiria-Fátima, organismo que realizou ontem (6 de Abril) um colóquio sobre «Cidadania Activa». Esta iniciativa contou a Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, Manuela Silva, que falou “das dificuldades da hora actual: globalização, crise económica, desemprego e a concorrência das economias do Oriente”. «Os cristãos e a política” foi o tema desenvolvido por Eugénio Lucas que apelou aos participantes para “participarem na vida política” sem que isso signifique que os cristãos “não possam distribuir-se por diversas forças políticas”. Tomás Oliveira Dias sublinhou que “não tem que existir unanimidade entre os cristãos para além daqueles grandes princípios do Evangelho e da Doutrina Social da Igreja (DSI)” Apesar do progresso económico as “desigualdades no mundo têm aumentado”. A alteração deste panorama passa pelo “reforço da cidadania activa” – salientou o presidente daquela comissão diocesana. Este reforço passa também pelo trabalho em rede por isso decidiu-se também incrementar a colaboração entre a Comissão Diocesana Justiça e Paz e a Comissão Nacional. Perante a questão «se os cristãos estão pouco empenhados nas questões políticas?», Tomás Oliveira Dias respondeu afirmativamente e esclareceu: “há uma situação de desilusão que é preciso ultrapassar”. De algumas maneira, os cristãos “são corresponsáveis pelo mundo actual e devem alterar a sua posição”. A Comissão Diocesana Justiça e Paz lançou um inquérito para conhecer a realidade da pobreza nesta região. Este terminou no final do passado mês de Março mas “ainda não temos dados esclarecedores”. E finaliza: “estamos a juntá-los e oportunamente divulgaremos as nossas conclusões”