«Um postal, uma esperança» existe há cinco anos e já foram entregues «mais de 1000 cartas»
Braga, 28 nov 2019 (Ecclesia) – A Pastoral Penitenciária de Braga está a dinamizar o projeto ‘Um postal, uma esperança’ onde convida os jovens a escrever a reclusos para aproximá-los das “pessoas privadas de liberdade” nos estabelecimentos prisionais no território da arquidiocese.
“Fazer alguma coisa para que a prisão seja diferente é o objetivo da Pastoral Penitenciária de Braga. A Igreja não é indiferente perante o sofrimento daqueles que estão privados de liberdade, mas tenta ser uma porta aberta, onde se possa encontrar a esperança e a paz de Cristo”, disse o coordenador deste serviço, o padre João Torres
Um comunicado enviado à Agência ECCLESIA contextualiza que ‘Um postal, uma esperança’ tem como objetivo “promover a correspondência escrita entre jovens e reclusos”, por altura da época natalícia, e cada jovem “deve imaginar-se recluso para que a missão seja bem-sucedida”.
O padre João Torres afirma que a missão é “não condenar” mas “salvar”: “Nisto a atitude evangélica vai mais longe que o simples gesto humanitário”.
Na noite de consoada são distribuídas “mais de 200 cartas ou postais” aos reclusos e já foram entregues “mais de 1000 cartas” num momento de partilha “também para eles, muitos leem as cartas ou postais” aos outros.
A Pastoral Penitenciária de Braga informa que mantém o anonimato de quem escreve e de quem lê o postal, que “não” deve ter “nenhuma informação pessoal” que possa identificar o jovem/adolescente.
O convite para participar neste projeto é alargado e para além dos grupos de jovens formais ou informais, catequizandos, associações juvenis e agrupamentos de Escuteiros, estudantes, é feito também aos catequistas, a professores, e cidadãos a título pessoal.
O padre João Torres salienta que a sociedade civil “também deve procurar a integração na sociedade dos reclusos”, uma tarefa que “não pode, nem deve ficar só para as direções e serviços de educação dos Estabelecimentos Prisionais”.
A correspondência deste projeto deve ser enviada até ao dia 20 de dezembro e para informações a Pastoral Penitenciária de Braga divulga o seu endereço de correio eletrónico (e-mail) – pastoralpenitenciaria@arquidiocese-braga.pt.
O ‘Correio da Esperança’ existe há cinco anos nos Estabelecimentos Prisionais de Braga e Guimarães e a Pastoral Penitenciária de Braga informa que fornece os postais e o envelope, que foram doados pela Associação Portuguesa Amigos de Raoul Follereau (APARF).
O padre João Torres é também pároco de Priscos e o responsável pelo “projeto inovador” ‘Mais Natal Priscos’ que há cinco anos dá “mais dignidade à vida dos reclusos” que trabalharam no presépio ao vivo que vai ser inaugurado pelas 10h30, do dia 15 de dezembro, e pode ser visitado até 12 de janeiro de 2020.
CB
