Algarve: Encontro mobilizou avós a refletirem sobre a sua «missão»

Avós são «farol no nevoeiro» – Padre Nuno Tovar de Lemos

Foto Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Faro, 12 mar 2019 (Ecclesia) – A Diocese do Algarve promoveu um encontro de oração, formação e convívio para avós, que contou com a presença de 35 participantes, na casa de retiros de São Lourenço do Palmeiral, que é dinamizada pelos sacerdotes Jesuítas.

“A vida tem imenso «nevoeiro», imensas alturas em que não se vê bem, não se vê o que é que está certo, nem o que é que está errado. Os avós são «farol» dos valores, da fé, antes de mais nada por serem aquilo que são”, disse o padre Nuno Tovar de Lemos, que orientou o encontro.

Na informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, pelo jornal ‘Folha do Domingo’, o sacerdote Jesuíta destacou a importância dos avós na transmissão da fé, que, “às vezes, faz-se saltando uma geração”, a dos filhos.

“É tão importante, quando estão os netos em casa, levá-los à missa; Os avós são o elo de transmissão entre as coisas boas que receberam do passado e o futuro. Os avós, às vezes, não querem ser chatos e passam muito para o mundo dos miúdos, mas os avós têm uma coisa a dar que os miúdos não recebem de mais lado nenhum que é o passado”, desenvolveu.

‘A Missão dos Avós’ foi o tema do encontro que mobilizou 35 participantes, e o padre Nuno Tovar de Lemos realçou que eram um “espaço de segurança, um «porto» seguro” onde se “pode desabafar” e “é um papel importantíssimo” manter a união da família, “escutando”, algo que “exige uma grande sabedoria de isenção”.

“Para poder ser a casa de todos, que acolhe todos e une todos é preciso, de alguma maneira, os avós saberem ser bons «padres» e bons «papas». Um bom padre e um bom papa está acima das divisões”, salientou.

Sobre a escuta, o sacerdote da Companhia de Jesus observou que, às vezes, os avós estão “muito preocupados em dizer coisas”, que também é importante, mas “mais importante é escutar”.

Segundo o formador, a “missão única” dos avós consiste em “transmitir o afeto e a ternura”, mas “não podem ser escravos dos netos, nem dos filhos”, têm que ter vida própria, que é muito importante “não só para o equilíbrio dos avós”, por isso, têm de saber “dizer que sim e dizer que não”.

Foto Samuel Mendonça/Folha do Domingo

Na ação de formação que terminou com a Eucaristia, o padre Nuno Tovar de Lemos convidou também os participantes a escreverem uma carta aos netos, a partir de um de três pressupostos: Uma carta para entregar, uma carta para não entregar ou uma carta para entregar daqui a 10 anos.

Ao jornal diocesano ‘Folha do Domingo’, o sacerdote explicou que o encontro teve como propósito “ajudar os avós a trocarem experiências entre si, a rezarem, a clarificarem a sua missão” para “poderem voltar para serem melhores avós”.

‘A Missão dos Avós’ foi o tema do encontro preparado com a ajuda da psicóloga Joana Sarmento Moreira, que tem uma especialização na área infantojuvenil, e realizado em colaboração com o Setor Diocesano da Pastoral Familiar.

O Dia dos Avós assinala-se anualmente a 26 de julho, na memória litúrgica de São Joaquim e de Santa Ana.

CB

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Agência ECCLESIA

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