A intervenção militar «deve evitar qualquer extremismo de violência» – salientou D. Januário Torgal Ferreira. Portugal levou cerca de 700 peregrinos ao Santuário de Lourdes (França) para participarem na Peregrinação Militar Internacional que este ano celebrou as suas bodas de ouro. Nascida por iniciativa de dois capelães – um francês e outro alemão -, esta peregrinação “é um grande acontecimento do mundo militar” – disse à Agência ECCLESIA D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas e de Segurança. Presidida por D. Christoph Schönborn, arcebispo de Viena, nesta peregrinação fez-se um desfile que teve a partida na cidade e terminou no Santuário. Aos militares, o cardeal austríaco pediu para que a intervenção seja “apoiada em critérios éticos muito sérios na defesa dos mais abandonados e das populações desprotegidas e privadas dos Direitos Humanos”. A intervenção militar “deve evitar qualquer extremismo de violência” – salientou D. Januário Torgal Ferreira. A primeira peregrinação, no ano de 1958, teve a presença de dois países (França e Alemanha). Depois deste passo, foram feitos convites “apesar de grande parte dos países não ter uma capelania militar organizada, era o caso de Portugal” – sublinhou o bispo. Se fosse vivo, D. António Ribeiro completaria 80 anos. Nesta peregrinação, o Ordinário Castrense Português recordou esta figura emblemática da igreja pela sua “dedicação, disponibilidade e empenhamento que sempre manifestou a favor das capelanias militares”. D. Januário Torgal Ferreira disse que o próprio Cardeal Ribeiro se deslocou ao Santuário de Lourdes com um pequeno grupo de sacerdotes. “Há fotografias que relatam esse episódio”. Durante 7 dias (21 a 27 de Maio), os peregrinos portugueses viveram este momento de forma diferente. “Temos um pequeno grupo com uma sensibilidade muito forte a esta peregrinação” – frisou o prelado. De acordo com o Santuário de Lourdes, a peregrinação militar internacional “é, talvez, aquela que tem maior originalidade”. E avança: “há um colorido e festa”.