Zimbabué: Igreja contesta Comissão Eleitoral

A Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal do Zimbabué considerou em comunicado que a Comissão Eleitoral do país já não pode mais ser considerada como «um órgão independente e imparcial». «Qualquer cidadão de boa vontade perdeu a confiança na Comissão, que já não pode ser considerada fiável», lê-se no comunicado, no qual se denuncia o clima de violência presente no país. Na semana passada, a Comissão Eleitoral publicou os resultados das eleições presidenciais de 29 de Março. O líder da oposição zimbabueana, Morgan Tsvangirai, mostrou-se «escandalizado» com os resultados oficiais, que lhe atribuem apenas 47,9 por cento dos votos devendo, portanto, disputar uma segunda volta com Robert Mugabe. Nelson Chamisa, porta-voz do Movimento para a Mudança Democrática (MDC), de Tsvangirai, acusou a Comissão Eleitoral de ter ido «longe demais», depois de Mugabe se ter aproveitado do atraso de mais de um mês na divulgação dos resultados das presidenciais para lançar uma campanha de intimidação e violência contra a oposição, através de milícias. Enquanto o Zimbabué se prepara para a votação, multiplicam-se as denúncias de violências e intimidações por parte da polícia e das milícias paramilitares. Diante dessa situação, a Comissão Justiça e Paz pede a intervenção das Nações Unidas e da União Africana para garantir a correcta realização do pleito. A AIS recebeu uma mensagem desde o Zimbabué na qual se refere que «várias famílias viram as suas casas serem destruídas por polícias armados, deixando-as sem comida nem água». A organização católica internacional ajuda os missionários que, no terreno, desenvolvem uma acção pastoral e humanitária junto dos mais pobres e desfavorecidos. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre

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