Director perspectiva o futuro e assegura fidelidade aos princípios que têm moldado o semanário diocesano
A leitura dos acontecimentos relevantes da actualidade à luz da doutrina da Igreja é uma das principais marcas do estatuto editorial da Voz Portucalense (VP) que se mantém desde as primeiras edições, assegurou o director, Pe. Manuel Correia Fernandes.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, o sacerdote mencionou igualmente a atenção que o semanário presta à dinâmica das comunidades locais: “Crescemos neste aspecto através da publicação das iniciativas das regiões pastorais da diocese”.
A Voz Portucalense conta actualmente com cerca de sete mil assinantes, número que se tem mantido estável. “Durante o último ano tivemos cerca de 400 novas adesões mas houve muitas desistências. A crise também se fez sentir neste domínio”, constatou o assistente nacional do Movimento de Educadores Católicos. “Gostaríamos que este número fosse maior; ainda assim não é de desprezar”, acrescentou.
Dos 7500 exemplares que semanalmente saem da gráfica, meio milhar são distribuídos e vendidos nas instituições da diocese, bem como na própria sede. “Já tentámos disponibilizá-los nos quiosques mas não resultou”, explicou o director.
“Tentamos que o jornal seja auto-suficiente em termos financeiros”, assinalou o Pe. Correia Fernandes. “Este equilíbrio tem sido alcançado graças a uma parceria com a Fundação da Voz Portucalense, proprietária de uma editora e de uma livraria. A saúde económica é igualmente garantida pelo regime de voluntariado que abrange os colaboradores, exceptuando dois jornalistas.
O futuro passa por melhorar a presença na Internet e dar mais espaço à fotografia na edição em papel. Colocou-se também a possibilidade de tornar a Voz Portucalense num semanário gratuito: “Seria aliciante porque aumentaria a divulgação. Por outro lado, dadas as circunstâncias actuais, não nos parece que seja uma solução para o imediato. Mas como projecto, era capaz de ser interessante”, admitiu o director.
Celebração excedeu as expectativas
A missa que evocou as quatro décadas do semanário contou com a participação de cerca de duas mil pessoas, “do Algarve ao Minho e também do estrangeiro”. “A Sé do Porto estava completamente cheia”, descreveu o Pe. Correia Fernandes.
A celebração pretendeu igualmente homenagear os antigos directores da Voz Portucalense, os bispos diocesanos das últimas quatro décadas e os assinantes.
“Foi um momento importante”, atestou o director. “Também nos apraz registar a disponibilidade do senhor Bispo, que não só presidiu à missa como se empenhou no acontecimento”, manifestando uma “paciência notável” na entrega dos diplomas aos mais de mil assinantes presentes na eucaristia. “É sempre um estímulo e um apoio para todos nós”, reconheceu o Pe. Correia Fernandes.
“A celebração ultrapassou as nossas expectativas e por isso estamos contentes”, concluiu.