«Voz da Fátima» chega ao número 1000 a olhar para o futuro

O jornal oficial do Santuário de Fátima e do Movimento da Mensagem de Fátima, “Voz da Fátima”, publica hoje a sua edição n.º 1000. No editorial desta edição especial, o Pe. Luciano Guerra, Reitor do Santuário e director do jornal, presta a sua homenagem aos fundadores da publicação, que quiseram fazer dela “um espelho do Santuário de Fátima, uma voz que levasse mais longe a mensagem que os três Pastorinhos de Aljustrel nos transmitiram, uma acta do que foi a vida deste lugar sagrado nos 83 anos destes mil números”. A partir desta edição, o jornal passa a ser todo impresso em quadricomia e muda o seu aspecto gráfico. Apesar da alteração visual, não mudam as intenções e os objectivos que levam mensalmente, já há 83 anos, à publicação da Voz da Fátima. “O novo cabeçalho sublinha a cor verde, símbolo da esperança, que se quer renovada, em favor da resposta que deve ser dada ao pedido de Nossa Senhora em Fátima, o da conversão pela paz no mundo”, explicam os responsáveis do Santuário. O Pe. Luciano Guerra sublinha que o lugar de Fátima no futuro é “feito de espaço, feito de tempo, feito de cânticos, de grandes pecados, grandes virtudes, grandes esperanças e grandes guerras, grandes crises de fé e grandes ressurreições, numa contínua batalha de crentes e descrentes, de gente para quem a fé é o único amparo, e a única certeza”. O Reitor do Santuário lembra ainda os que “protestam e fazem planos para ver se acabam com este «inimigo do progresso» que desloca para a eternidade a felicidade do tempo presente, e aliena, pensam eles, as ideias e as acções da humanidade”. Mensagem e Arquivo Em todas as culturas o número mil é simbólico de quantidade e longevidade; neste caso do tempo; pode mesmo expressar a ideia de imortalidade ou eternidade. Sabemos que pode ser tudo muito relativo, a ponto de o salmo 90,4 rezar que “mil anos é como o dia de ontem”! Um mensário que chega ao número mil já tem 83 anos de vida; é jovem e adulto, sem passar à terceira idade. Cada número da “Voz da Fátima” é mensagem e arquivo; será sempre um elo forte da história de Fátima. No número um (13 de Outubro 1922) é invocado o Beato Nuno. E o P. Formigão (cujo processo de beatificação está em bom andamento),com o pseudónimo de Visconde de Montelo diz com vigor: “O anhelo desta publicação é descobrir a verdade …e está aberta a todas as pessoas sinceras”. Tem sido esse o “ideário” da Voz da Fátima. O n°1 fala ainda do P. Pio, e regista a primeira parte da célebre provisão (3 de Maio 1922) do Sr. Bispo, que constitui a comissão para o processo canónico que concluiu serem “dignas de crédito” as aparições de Fátima. Com a tiragem actual de 118 mil exemplares, a “Voz da Fátima” quer ser, cada vez melhor, voz e eco da Senhora da Mensagem e do seu Santuário na Cova da Iria. D. Serafim de Sousa Ferreira e Silva, Bispo da Diocese de Leiria-Fátima (nº 1000 da “Voz da Fátima”) Milésima vez… Pedem-me umas linhas para a milésima edição da Voz da Fátima. Como presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, correspondo com todo o gosto e empenho. Sendo cristãos, somos comunicativos, só assim cumprindo o mandato de Cristo: “Ide por todo o Mundo e anunciai o Evangelho!”. O próprio Cristo comunicava “tudo o que ouvia do Pai”. Vamos aprendendo, afinal, que viver é comunicar, acolher, retribuir e oferecer uma vida que, sendo de cada um, só entre todos se pode realizar plenamente. Em 1917 os Pastorinhos ouviram uma mensagem do Céu, a “Mensagem de Fátima”, como lhe chamamos e bem. Mensagem trazida pela Mãe de Cristo, lembrando “tudo quanto Ele dissera”. E evangelicamente, partindo do pouco para o muito e do local para o universal; como o grão de mostarda, que, sendo a menor das sementes, se torna a maior de todas as plantas. Três crianças, numa serra escondida dum país recuado… Duas palavras – penitência e oração – ditas há muito e reditas agora, para voltarmos a Deus e permanecermos n’Ele. E, de ano para ano, o que “foi dito às ocultas ressoou pelos telhados” do mundo inteiro: “Avé, avé, avé Maria!”. “Avé Maria! Bendito o fruto do vosso ventre, Jesus!”. Mistérios gozosos, luminosos, dolorosos e gloriosos de Cristo, contemplados com o olhar e o coração de Maria, em que primeiro se realizaram. “Rezai, rezai muito!”, insistiu a Senhora da Azinheira. Vivei, vivei hoje e sempre pela senda desses mistérios, onde a vida humana se transfigura na comunhão com Cristo. E assim foi com Francisco e Jacinta; e assim é com todos os que escutam a sua mensagem. Também o será com os leitores da Voz da Fátima, que lhes transmite incansavelmente os benditos diálogos de 1917. Ecos que são do diálogo definitivo que Deus travou connosco há dois mil anos: pela boca de Cristo, no coração de Maria! D. Manuel Clemente, Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações (nº 1000 da “Voz da Fátima”) Notícias relacionadas • Mil números de história

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top