Voluntariado requer formação e acompanhamento

CNIS apoia Rede Nacional de Voluntariado, mas lança alertas A direcção da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) teve a sua reunião no passado dia 29, ocasião para manifestar uma preocupação quanto ao papel que as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) podem ter na ocupação de tempos livres. “Algumas autarquias não estão a respeitar as IPSS” manifestou à Agência ECCLESIA o Padre Lino Maia, Presidente desta Confederação. “As IPSS têm sido contactadas pelas autarquias no sentido de ou receber refeições, transportes ou alugar salas e penso que as IPSS têm capacidade para muito mais” referiu, dando conta de algumas queixas que a Confederação tem recebido, situação que vai contra o despacho orientador das actividades curriculares. Foi reflectido um novo modelo de cooperação, que o governo pretende introduzir e que a CNIS “propõe que futuramente se abandone o sistema dos subsídios directos à família, e as instituições passem a analisem e organizar o processo” pois segundo o Padre Lino Maia, “as instituições têm compromissos e é preciso dar garantias que eles possam ser assumidos” refere. Aprovado o plano de actividades para o próximo ano, o Pe. Lino Maia sublinha a ideia de aproximar a CNIS das instituições e torná-la mais ágil, dar maior visibilidade à solidariedade “pois há 2500 instituições que fazem muito e muito bem um trabalho de solidariedade neste país e é importante mostrar esse trabalho”. Este ano contam também com a implementação efectiva do Centro de Estudos, Formação e Inovação Solidária (CEFIS), que explica “está a funcionar como centro de estudos sociais, há já um programa de formação, temos os princípios para um observatório social e por isso queremos que a sua implementação aconteça de facto”. O Pe. Lino Maia chama ainda a atenção para as declarações do Ministro do Trabalho e Solidariedade, Vieira da Silva sobre a Rede Nacional de voluntariado, “com a qual concordamos, mas é preciso cuidado” na captação do voluntariado e na sua inserção nos vários espaços sociais. Segundo o Presidente da CNIS “é de valorizar que a generalidade das respostas sociais no nosso país sejam implementadas por voluntários, mas depois há poucos voluntários a dedicarem-se às instituições” sublinha, admitindo a possibilidade de criar “um banco de voluntários que captem e seduzam pessoas, e que posteriormente orientem as pessoas nas instituições”, porque “Portugal tem uma grande capacidade para seduzir voluntários, temos cada vez mais pessoas que se reformam, que têm capital de experiência e capacidade para explorar, mas é necessário haver formação e orientação e acompanhamento” e finaliza dizendo que “o voluntariado é uma mais valia no acompanhamento, na experiência, na gratuidade de estar com as pessoas, mas para requer trabalho de sedução e acompanhamento”.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top