Voluntariado Missionário em alta

244 portugueses de partida São 244 missionários portugueses que partem para terras de missão em 2006. A maioria dedica-se a tempos de missão de um a dois meses, privilegiando o período do Verão e optando por oferecer o seu tempo de férias a uma causa missionária. São 47 aqueles que partem com compromissos de um a dois anos em missão voluntária. Os números falam por si e as raparigas ocupam 77,5% no “ranking” total de 2006. Moçambique é o país que recebe mais voluntários este ano. Um total de 96 pessoas parte para apoiar projectos neste país. Segue-se Angola, que acolhe 58 pares de mãos com vontade colaborar na reconstrução deste país. Embora os Países de Expressão Oficial Portuguesa sejam os habituais destinos de eleição, surgem outras colaborações, como é o caso de duas voluntárias da Fundação Champagnat que partem este mês para a Zâmbia e de uma Leiga Missionária Comboniana que é aguardada na República Centro-Africana, onde se juntará a Leigos Missionários espanhóis ligados a esta congregação religiosa. Para Susana Vilas Boas esta é uma oportunidade para participar na “internacionalização” dos Leigos Missionários Combonianos. «Reconheço, tanto a língua, como a cultura africana, não como obstáculos difíceis de ultrapassar, mas como caminhos (…); o mais importante é estar e partilhar a vida com aquele povo e com a Comunidade de Leigos Missionários lá existente (…) e pôr os meus dons e capacidades ao serviço da Missão» refere Susana Vilas Boas.

Desde 2003 que a Fundação Evangelização e Culturas, ao funcionar como Plataforma do Voluntariado Missionário, reúne os dados que contribuem para as estatísticas desta realidade que se tem vindo a consolidar ao longo dos últimos 20 anos. João Paulo II lançou o apelo “Portugal, convoco-te para a Missão” quando visitou o nosso país em 1998. Nestes últimos 4 anos Portugal correspondeu com 1126 respostas positivas no que concerne ao voluntariado em missão Ad Gentes. Embora se verifiquem algumas variações, é notório o investimento que, anualmente, tem sido feito com vista a concretizar inúmeros projectos, com tudo o que isso mobiliza em termos de recursos humanos, materiais e financeiros. São muitas as horas de formação para uma preparação que se quer cada vez mais exigente; são muitas as mangas que se arregaçam para angariar os fundos necessários; mas são, sobretudo, muitos os sonhos de quem sente no seu coração este apelo para a missão.O número de entidades envolvidas tem dado mostras de capacidade para a continuidade dos projectos e consolidação da identidade de cada uma. Na Diocese de Aveiro, D. António Marcelino não quis deixar de marcar presença junto dos voluntários que o Secretariado Diocesano envia este ano. «É a Diocese que parte em Missão, é a Diocese que Está em Missão». «O Bispo de Aveiro alertou-nos», refere um dos voluntários do Projecto ORBIS, «para o facto de não irmos fazer a nossa obra. Vamos continuar e contribuir para uma obra já começada, vamos envolver-nos numa obra que é de todos, em nome da Diocese de Aveiro». 47 Voluntários portugueses partem com compromisso de 1 a 2 anos

Legenda: Ang- Angola; Br- Brasil; GB- Guiné Bissau; Mz- Moçambique; STP- São Tomé e Príncipe; TL- Timor; RCA- República Centro-Africana 197 Voluntários portugueses partem em projectos de curta duração (1 a 2 meses e 6 meses)

* projecto 6 mesesAng- Angola; Br- Brasil; CV- Cabo Verde; GB- Guiné-Bissau; Mz- Moçambique; STP- São Tomé e Príncipe; TL- Timor Leste; Zb- Zâmbia

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