Voluntariado: Missão muda vida de futuro engenheiro

Francisco Oliveira está com a Equipa d’África há dois anos e destaca os exemplos «impressionantes» de dedicação ao próximo

Lisboa, 25 jul 2012 (Ecclesia) – O contacto com a obra missionária, através da organização Equipa d’África, mudou a vida de Francisco Oliveira, que passou do objetivo de fazer carreira no mundo empresarial para o sonho de ajudar quem mais precisa.

Em entrevista ao Programa ECCLESIA na Antena 1, emitido hoje a partir das 22h45, o estudante de gestão e engenharia industrial revela alguns dos aspetos que, a partir de 2011, transformaram o voluntariado missionário numa “parte importantíssima” do seu plano de futuro.

“No princípio não me identificava muito, era só mesmo trabalhar, juntar dinheiro para depois partir, e ao longo do ano fui mudando um pouco a minha forma de estar”, confidencia o jovem de 21 anos.

Criada em 1998, a partir das Equipas de Jovens de Nossa Senhora, a Equipa d’África é uma organização não-governamental para o desenvolvimento que promove anualmente projetos solidários junto de comunidades carenciadas em Portugal e Moçambique.

A primeira característica que cativou Francisco Oliveira, na fase de preparação para a missão, foi a oportunidade de tomar parte num plano de formação que privilegia não só a parte teórica mas também o trabalho de campo, junto de contextos sociais mais difíceis, como por exemplo o Bairro 6 de Maio, na Amadora, arredores de Lisboa.

“A formação que fazemos fica para a vida e mais tarde podemos contribuir para a sociedade de outra maneira”, salienta o futuro engenheiro.

Outro aspeto “marcante” foi o convívio com os membros da Equipa d’África e o testemunho daqueles que regressavam da missão, que mostraram que, quer em território nacional quer junto das comunidades lusófonas, durante muito ou pouco tempo, é mesmo possível “fazer a diferença”.

Os exemplos “impressionantes” de dedicação ao próximo, de pessoas que se entregam ao serviço sem pedirem nada em troca, “mudaram” os objetivos profissionais do aluno universitário, que quer agora “fazer algo ligado à área humanitária”.

Alteraram também a forma como o jovem gere o seu tempo e estabelece as suas prioridades, que vão hoje em dia muito mais ao encontro das necessidades dos outros.

“Este ano não estava a pensar ir, porque vou estudar para fora mas vale a pena o sacrifício”, reforça.

Depois de um mês e meio no nordeste de Moçambique, em Cabo Delgado, província situada a cerca de 2600 km de Maputo, o missionário lisboeta vai agora para a cidade de Cuamba, na província do Niassa.

Juntamente com outros colegas, Francisco Oliveira vai tentar abrir novos horizontes às pessoas mais pobres daquela região e mostrar-lhes que podem também participar na construção de um futuro mais risonho para o país.

“Se conseguirmos que dois ou três miúdos mudem um pouco os seus ideais e possam contribuir para a sociedade moçambicana, ficamos bem”, conclui o voluntário.

O programa ECCLESIA na Antena 1 está a apresentar durante esta semana projetos de cooperação para o desenvolvimento da Igreja Católica em Portugal e dá voz aos voluntários missionários.

PRE/JCP

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