Voluntariado: Jovem desempregada descobre felicidade na missão

Ana Barreira presta apoio junto das comunidades mais carenciadas de São Tomé e Príncipe

Lisboa, 27 jul 2012 (Ecclesia) – A forma simples e alegre como as populações desfavorecidas de São Tomé e Príncipe encaram o dia-a-dia tem funcionado como uma verdadeira lição de vida para Ana Barreira, voluntária missionária da Diocese de Lisboa.

 Em entrevista ao Programa ECCLESIA, que poderá ser acompanhada hoje à noite, a partir das 22h45, na Antena 1, a jovem da Paróquia da Ramada, no Concelho de Odivelas, destaca a maneira como o convívio com a comunidade da Ilha do Príncipe a tem ajudado a lidar com as dificuldades, especialmente a falta de emprego.

“Aprendi que a vida deve ser vivida com simplicidade e aquelas pessoas vivem com tão pouco e são tão felizes. Quando pensamos que já sabemos tudo é aí que acontece alguma coisa que nos mostra que ainda estamos no início da caminhada”, realça.

O primeiro contacto com aquele território lusófono surgiu em 2005, a partir do Movimento Missionário da Ramada e da associação Mover Mundos.

Foi também a partir destas duas organizações, que promovem o voluntariado em Portugal e no exterior, que Ana Barreira, então com 20 anos, percebeu que queria dedicar parte do seu tempo aos mais carenciados.

Através de um projeto de geminação entre as paróquias da Ramada e da Ilha do Príncipe, a jovem lisboeta vai ter brevemente a oportunidade de partir de novo em missão, juntamente com outra colega.

“Vamos ficar numa casa das Irmãs Servas da Sagrada Família, que desde 2001 estiveram sempre ligadas à nossa geminação e vamos também trabalhar com os Irmãos de São João Eudes, uma congregação colombiana que é pilar da missão católica na Ilha do Príncipe”, esclarece ainda.

Além do “trabalho pastoral e de animação missionária”, que serve de “base” a todo o projeto, as duas voluntárias missionárias poderão ainda ser chamadas a colaborar com “algumas obras sociais” que foram instaladas naquele território.

Com o apoio da Igreja Católica da Ramada, a comunidade são-tomense conta neste momento com diversas “creches, um centro de fisioterapia, uma ludoteca, um lar de idosos e um lar de acolhimento de crianças em risco”.

A nível mais específico, Ana Barreira vai “dar uma formação ao governo regional”, relacionada com a sua tese de mestrado, enquanto a sua colega, analista clínica, vai avaliar as “necessidades” do hospital local.

“O mais importante é levar o rosto da Igreja à Ilha do Príncipe”, sublinha a voluntária de Odivelas, encorajada pela recetividade que tem encontrado junto daquele povo.

“Cá as portas não se abrem tão facilmente, os corações estão mais fechados”, conclui.

PRE/JCP

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