Diocese está a partilhar testemunhos vocacionais, antes da celebração presidida por D. Manuel Linda
Porto, 09 jul 2022 (Ecclesia) – A Diocese do Porto vai celebrar a ordenação de seis presbíteros, quatro do Seminário Maior e dois do Seminário Redemptoris Mater, que estão a recordar o seu percurso e olhar para o futuro, este domingo, às 16h00, na catedral.
“Neste momento da minha vida, de facto, eu vivo-o com grande expetativa, com alguma ansiedade, do futuro e do que virá”, revelou José Emanuel Amorim, numa vídeo testemunhal.
“No fundo daquilo que as pessoas esperam hoje do trabalho de um padre e da relação que esperam de um padre com elas, da relação que esperam de um padre com a sociedade”, acrescentou o futuro sacerdote, natural de Guetim (Espinho).
O ainda diácono quer, “como Cristo”, ouvir os problemas das pessoas, “estar atento, e procurar dar-lhes reposta”, levar-lhes a “alegria de ser cristão”.
“Nestes tempos em que se fala tanto de sinodalidade, e do sínodo que está ai à porta, fazer caminho com as pessoas, criar meios de comunhão, de interajuda em que todos se sintam uteis, em que todos sintam que fazem parte desta Igreja, que é de todos, e que é o projeto de Deus para todos”, explicou.
Os futuros sacerdotes, do Seminário Maior do Porto, são o José Amorim (Espinho), Alexandre Moreira (Penafiel), Hugo Cunha (Ovar) e Tiago Dias (Lousada), e, do Seminário Diocesano Missionário ‘Redemptoris Mater’, vão ser ordenados Gerardo Comayagua (El Salvador) e Massimiliano Arrigo (Itália).
Gerardo Alberto Angel Comayagua, de El Salvador, tem 33 anos e recordou que a sua vocação surgiu numa comunidade do Caminho Neocatecumenal no seu país, e, depois, num encontro de jovens da América Central com Kiko Argüello, um dos fundadores deste movimento: “Aqui começou esta grande aventura, uma loucura dentro do que se chama a vocação sacerdotal”.
Está em Portugal há 14 anos, chegou ao Porto em 2008, “onde tem compreendido a sua história e da sua família”, e afirma que a sua missão “é servir o povo, estar sempre à procura da ovelha perdida e sempre ao serviço dos que mais precisam”.
Já Hugo Cunha, de 39 anos de idade, sempre esteve ligado à sua paróquia – “sentia-me realizado, feliz com a minha comunidade” -, tirou um curso superior e dava aulas quando entrou no seminário, onde foi “confirmando este chamamento de Deus para servir a Igreja, seguir o sacerdócio ministerial como modo feliz para servir as pessoas”.
“Desde dezembro, com a ordenação diaconal, pude acompanhar as pessoas de forma mais próxima. Acompanhar a vida das pessoas nos seus variados âmbitos, a alegria dos batizados e matrimónios, e a tristeza e o luto nos funerais, e levar palavras de conforto e de fé em Jesus”, explica o diácono de São João de Ovar.
Alexandre Moreira, de Penafiel, escolheu para lema de ordenação a frase bíblica “Recebeste de graça dai de graça”, do Evangelho de São Mateus, para significar que o padre de hoje “tem de ser alguém que sabe partilhar convenientemente aquilo que recebeu de Cristo”, explicou à Rádio Renascença.
O futuro sacerdote concluiu o Mestrado Integrado em Teologia com uma investigação sobre o percurso de santidade do anterior bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, Com o título ‘A Santidade: porta do Céu, calendário da vida. O Ministério Episcopal da Santidade em D. António Francisco dos Santos (2006-2017)’, quis “estudar a santidade na eclesiologia contemporânea”.
A Diocese do Porto está a partilhar vídeos com os testemunhos vocacionais de cada futuro sacerdote, no seu sítio online.
O bispo diocesano D. Manuel Linda vai presidir à celebração das ordenações, este domingo, dia 10 de julho, a partir das 16h00, na Sé.
CB
