Viseu: Pároco assume o desafio de olhar para lá das máscaras (c/vídeo)

Padre Paulo Domingues destaca «alegria» da comunidade antes do regresso das celebrações comunitárias

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Mangualde, 28 mai 2020 (Ecclesia) – O padre Paulo Domingues, pároco de Cunha Baixa, Mangualde e Mesquitela, na Diocese de Viseu, destaca a “alegria” dos fiéis regressarem às Missas comunitárias e “celebrar, mesmo com restrições que a época e o momento pedem”.

“É diferente celebrar olhos nos olhos, mesmo com máscara, do que estar a celebrar ou a ver a Missa na televisão. A Eucaristia é para ser vivida individualmente, mas em comunidade e as pessoas sabem isso bem e reflete-se na alegria que têm e sentem ao verbalizar ‘vamos celebrar a Eucaristia’”, disse hoje o sacerdote, em declarações à Agência ECCLESIA.

O padre Paulo Domingues assinala que é preciso “aprender a viver com o vírus” e ao longo da Eucaristia em Cunha Baixa, Mangualde e Mesquitela quer ir “alertando” os fiéis para “a segurança e restrições” que têm de cumprir, durante a celebração.

“Tivemos a preparação nas quatro igrejas onde iremos celebrar e as pessoas estão entusiasmadas, com alegria, prontas a ajudar no que for necessário, na equipa de limpeza, de acolhimento, tivemos um bom feed-back”, adianta.

No final das Missas também não vai ser possível o convívio das pessoas no adro das igrejas e, segundo o pároco, “fácil não vai ser” porque têm “o hábito de, às vezes, ter convívio com cafezinho, bolinho”.

“As pessoas vão compreender e também vou, antes da bênção final, recordar a importância de cada um seguir a sua vida para daqui a algum tempo possamos manter o convívio salutar que gostávamos de ter”, acrescentou.

A celebração comunitária das Missas com fiéis regressa este sábado, e o padre Paulo Domingues explica que teve de “ajustar os horários de celebrações” nas paróquias e vai começar a celebrar a duas Eucaristias ao sábado – nas igrejas de Mourilhe (18h30) e de Abrunhosa do Mato (20h00) – e duas ao domingo – Mesquitela (09h30) e Cunha Baixa (11h00) – “para evitar aglomerado de pessoas e tentar chegar a toda a gente”.

O padre Paulo Domingues assinala que privilegiou “os jovens, os movimentos da pastoral juvenil”, para a equipa de acolhimento que vão estar na entrada das igrejas e dentro “a indicar o lugar onde se podem sentar” e tentaram ter “um espaço para as famílias e depois uma ala para pessoas individuas e outra para casais, ou pessoas que vão em conjunto”, para além de portas de entrada e saída diferenciadas.

“Já fizemos modificação dos bancos, a medição por causa da distância de segurança, compramos gel desinfetante, e também desinfetante para os bancos, máscaras para o caso de alguma pessoa não levar, embora seja obrigatório”, adianta, referindo que seguiram as orientações da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e que “antes do ofertório, da comunhão” vai dar indicação das alterações porque “as pessoas precisam de ser recordadas e a celebração é mais favorável para isso”.

Para um regresso seguro às igrejas, o padre Paulo Domingues, o padre Rocha e o padre António partilharam um vídeo com várias informações que uma paroquiana fez para as oito paróquias de Mangualde e já tem 14 600 visualizações.

O bispo de Viseu, D. António Luciano, publicou a nota pastoral ‘Alimentar a esperança na corresponsabilidade’, onde apelou também à solidariedade, e o padre Paulo Domingues referiu que “essencialmente” tiveram pedidos para comprar medicação, por pessoas de idade, que “vão buscar ao centro de dia e evitam o contacto e saída da aldeia”, realizado em parceira com a junta de freguesia.

“As pessoas estão recetivas e compreendem que estamos numa fase diferente e não é só a Igreja, há bastantes restrições”, concluiu o pároco de Cunha Baixa, Mangualde (in solidum) e Mesquitela.

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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