Viseu: «É necessário criar experiências e lugares de escuta» na formação dos catequistas, afirma responsável da catequese do Porto

60º Encontro nacional da Catequese termina esta sexta-feira

Foto: educris

Viseu, 13 abr 2023 (Ecclesia) – Isabel Oliveira, responsável pelo setor da catequese na Diocese do Porto, afirmou hoje ser necessário criar “experiências” e gerar “lugares de escuta e releitura da própria vida” na formação dos catequistas e na prática catequética.

“Quer na formação, quer na catequese, precisamos de ajudar a reler as experiências que vamos tendo. É preciso experimentar o ‘ser filho’ e ser dócil do Espírito Santo, às surpresas de Deus”, afirmou no 60º Encontro nacional da Catequese.

De acordo com declarações divulgadas pelo portal Educris, o sítio na internet do Secretariado Nacional da Educação Cristã, Isabel Oliveira considera que o modo como ‘se faz catequese’ ainda é algo insipiente na dinâmica do “iniciar, educar e ensinar” proposto pelos documentos da Igreja, e é fundamental “gerar lugares de memória que permitam aprofundar o que se vai experimentando”.

“Andamos, não poucas vezes, de experiência em experiência sem sermos capazes de fazer memória, sem fazermos este caminho de reler os lugares e os modos como Deus se faz presente”, lamentou.

O painel “Ser Catequista: O Catequista e a sua missão”, contou também com a intervenção do padre Tiago Neto, responsável pela Catequese do Patriarcado de Lisboa, que indicou o  “discurso do Papa Francisco aos bispos portugueses” como “o ponto de viragem na reflexão e na ação catequética em Portugal”.

“O discurso do Papa aos bispos, na visita Ad Limina, transformou o modo como pensamos em Portugal, a catequese. As intuições, os desafios, e as lacunas identificadas permitiram-nos mudar o ‘chip’ no modo como fazemos a catequese e somos catequistas”, explicou.

O sacerdote, de 41 anos, considera que o Papa indica que a catequese exige uma “conversão pessoal e pastoral de pastores e fiéis num processo continuo”, onde “o foco está no acolhimento dos outros, para que possam sentir a Igreja como sua casa”.

“O desafio atual passa por perceber de que modo é que pomos em prática aquilo que nos é trazido pelos vários documentos e fazer a ligação, através de uma conversão prática entre os vários ‘atores, e a assunção de uma catequese de acompanhamento pessoal daqueles que iniciam ou se reaproximam da fé e da Igreja”, indicou.

Debruçando-se sobre o percurso «Ser Catequista», que situou como “um documento que condensa muitas sensibilidades e pontos de vista”, o padre Tiago Neto pediu a sua reformulação de modo a que conste um capítulo sobre o cuidado dos menores na catequese.

“Para sermos coerentes com aquilo que anunciamos penso ser fundamental inserir neste percurso um espaço para a sensibilização dos catequistas nesta área do cuidado e da proteção das crianças logo na formação inicial de catequistas”, referiu.

SN

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