D. António Luciano afirma que «o apelo à santidade foi o fio condutor de todo o agir de pastor» do bispo auxiliar da Guarda
Viseu, 30 ago 2021 (Ecclesia) – O bispo de Viseu destaca em “memória agradecida” que D. João de Oliveira Matos, bispo auxiliar da Guarda, foi “um servo apaixonado por Deus e pela Igreja”, nos 59 anos da morte do Servo de Deus, assinalados este domingo.
“Na vida do Servo de Deus o apelo à santidade foi o fio condutor de todo o seu agir de Pastor, fazendo do seu ensinamento uma reflexão espiritual e social para todos. Atento aos mais desprotegidos e vulneráveis fez deste modo um caminho peculiar para o anúncio da Alegria do Evangelho”, escreve D. António Luciano.
Na nota enviada à Agência ECCLESIA, o bispo de Viseu salienta que, fazendo eco da santidade vivida por D. João de Oliveira Matos, o Papa Francisco declarou “a heroicidade das suas virtudes”, através do decreto que concedeu o título de Venerável, a 3 de junho de 2013.
“Este momento foi por parte da Igreja a confirmação de que o que ele pregava aos outros, ele próprio o vivia. Agora resta-nos a todos continuar a pedir a Deus a graça de um milagre pela sua intercessão para ser beatificado”, acrescenta.
D. João de Oliveira Matos, bispo auxiliar da Guarda, recebeu a ordenação episcopal no dia 25 de julho de 1923, na Sé, e fundou a Liga dos Servos de Jesus, a 11 de fevereiro de 1924, que se “estendeu pela Diocese da Guarda e por outras dioceses do país” e “surgiram muitas casas, patronatos, escolas e comunidades que serviram e ajudaram o povo de Deus a crescer espiritualmente”.
O bispo de Viseu realça que D. João de Oliveira Matos conjugou “o amor a Deus e o trabalho pastoral incansável para dar glória a Deus” e através das suas obras renovar e santificar a Igreja do seu tempo, que estava “bastante fragilizada pela expulsão das ordens religiosas, pelo arrefecimento da fé e dos costumes na vida de muitos batizados”.
“Tempos vividos há cerca de um século, mas parece que hoje se repetem… acrescidos também pela descristianização, enfraquecimento da fé dos fiéis e comunidades, pela falta de clero e vocações, pela ausência de vigor e fortaleza da fé, pela existência de grandes problemas sociais, quer sejam a pobreza, ou as consequências da pandemia Covid-19, que hoje nos afeta”, acrescentou D. António Luciano.
No 59 º aniversário da morte de D. João de Oliveira Matos, “hora de festa, de memória e de gratidão”, o responsável diocesano uniu-se aos superiores da Liga dos Servos de Jesus, aos seus membros, ao presbitério da Diocese da Guarda, às famílias, às crianças, aos jovens, aos pobres, aos doentes, aos simpatizantes, aos funcionários e a todos aqueles que beneficiam do bem espiritual promovido pela Liga dos Servos de Jesus.
D. João de Oliveira Matos nasceu em Valverde, concelho do Fundão, no dia 1 de março de 1879; Frequentou os Seminários da Guarda, foi ordenado presbítero a 28 de março de 1903, na capela do Paço Episcopal do Fontelo, em Viseu, e celebrou a primeira Missa na igreja do Fundão em 3 de abril de 1903.
O Venerável Servo de Deus morreu com “fama de santidade” em 29 de agosto de 1962, poucos meses antes da abertura solene do Concílio Vaticano II, a 11 de outubro de 1962.
CB