Viseu: Bispo afirma que pandemia pede «compromisso evangelizador junto dos frágeis»

D. António Luciano assinalou Dia Mundial das Missões

Viseu, 19 out 2020 (Ecclesia) – O bispo de Viseu afirmou que a pandemia “é um desafio” a “um compromisso evangelizador junto dos frágeis”, na homilia da Eucaristia do Dia Mundial das Missões que presidiu no Convento de Santa Beatriz da Silva.

“A missão é uma vocação, um dom e um serviço de toda a Igreja particularmente no tempo que vivemos de pandemia. Neste ano, marcado pelas tribulações e desafios causados pela pandemia do Covid-19, este caminho missionário de toda a Igreja continua à luz da palavra que encontramos na narração do profeta Isaías ‘Eis-me aqui, envia-me’”, disse D. António Luciano, este domingo.

Numa homilia enviada à Agência ECCLESIA, o bispo de Viseu refere que todos são “chamados para a missão” e todos são “missão”, seja na oração, na contemplação, na consagração, na reflexão, na partilha, “e no serviço em fraternidade”.

“A missão não pode ser apenas fazer coisas, realizar atividades, isto seria ativismo. A missão tem que ser oração e contemplação, faz do agir de Cristo o nosso agir e a nossa renovação da missão da Igreja ‘em saída’”, acrescentou no convento das irmãs contemplativas da Ordem da Imaculada Conceição em Viseu.

  1. António Luciano salientou que “ir ao encontro do outro” pede um serviço identificado com o “anúncio do Evangelho e um serviço a todos”: “Viver a fé com entusiasmo, mudar a cultura do descartável, promover o maior bem dos povos, renovar e catequizar os costumes, partilhar com alegria com os pobres porque desse modo ficamos mais ricos”.

“A missão é sempre um tempo de sonho e de desafios, uma experiência de amor e um serviço gratuito, uma partilha com generosidade feita em proximidade, fraternidade e solidariedade”, acrescentou.

O bispo de Viseu refletiu também sobre a passagem Evangelho de São Mateus, lida nas celebrações deste domingo, e afirmou que “ser bom cidadão é dar a Deus o que é de Deus e a César o que é de César”.

“Dar aos homens do mundo o que lhes pertence e pedir que o administrem bem em benefício de todos. Devemos respeitar as leis e cumprir as obrigações e deveres com a missão que Deus nos confiou servindo os irmãos e a humanidade. Deus não faz aceção de pessoas”, desenvolveu.

Na sua homilia, D. António Luciano lembrou também a recente beatificação de Carlo Acutis e disse às monjas Concepcionistas Franciscanas que o jovem ajuda-as “a fazer da vocação contemplativa, uma verdadeira oração, uma verdadeira meditação”, para que a missão da Igreja “produza bons frutos de santidade e na caridade”.

Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, as Irmãs Contemplativas da Ordem da Imaculada Conceição realçam que D. António Luciano destacou que este convento em Viseu “contribuiu” para a “renovação da missão” desta Igreja diocesana e da missão Ad Gentes “ao longo dos 50 anos de presença orante”.

“Só podemos concluir que é encorajador reconhecer que a oração é retaguarda da Missão”, assinalam as Monjas Concepcionistas Franciscanas, do Convento de Santa Beatriz da Silva, no Dia Mundial das Missões 2020.

O bispo de Viseu assinalou ainda o início da Semana Nacional da Educação Cristã, com o tema ‘Fortalecer a Família, Igreja Doméstica’, e pediu para rezar por esta intenção para que existam “famílias boas empenhadas em construir e renovar a missão da Igreja através da realização da educação cristã dos seus filhos”.

“Sejamos todos instrumentos da missão renovada da Igreja e do nascimento de um mundo mais fraterno e solidário”, pediu D. António Luciano.

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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