Vila Real:«Fazemos parte desta história», afirmam os padres ordenados na celebração dos 100 anos da diocese (c/fotos)

Padre Miguel Ângelo e padre João Paulo Silvino pensam nas comunidades e paróquias que vão servir onde querem ser sacerdotes «próximos» e disponíveis para «ouvir, ouvir, ouvir»

Foto Diocese de Vila Real

 

Vila Real, 05 jul 2022 (Ecclesia) – A Diocese de Vila Real ordenou três padres numa altura em que celebra o centenário da sua constituição, uma data simbólica que reconhece a “história” de muitos que ajudaram a construir a diocese”.

“É simbólico. Significa que fazemos parte desta história que atrás de nós houve muitos sacerdotes. É um marco importante e dá um significado especial, mas se fosse ordenado nos 99 anos para mim seria igualmente importante e seria padre na mesma”, reconhece à Agência ECCLESIA o padre Miguel Ângelo Santos, sacerdote ordenado a 3 de julho.

No mesmo dia foram ordenados ainda o padre Daniel Pinto e o padre João Paulo Silvino, três colegas no pré-seminário em Vila Real, que rumaram depois ao Porto para completar a sua formação teológica.

Para o padre João Paulo Silvino a coincidência da ordenação em data de celebração é motivo de “alegria e satisfação”.

“Para além desse marco, devemos olhar para os que nos antecederam: foram eles que abriram caminho e deixaram bases para o continuar. Nesse sentido, sinto-me agradecido, aos padres e bispos, porque foram eles que construíram a diocese que temos hoje”, reconhece.

Depois de 14 anos de formação, tendo entrado no seminário menor com 12 anos, o agora padre João Paulo Silvino tem ainda as “emoções à flor da pele”, depois da recente ordenação sacerdotal.

“Eu não tenho uma ideia para ser um bom padre ou mau, tenho de ser quem sou. Com o tempo e com as pessoas a ajudar, porque um bom padre faz-se com as pessoas na paróquia e o tempo há-de tornar-me melhor pessoa, caminhando com as pessoas”, indica.

Os dois sacerdotes pensam nas comunidades onde vão poder estar junto e ser próximos de quem vive nas paróquias.

“Ajudar as pessoas a vivenciar melhor a sua fé e a sua vida” é o objetivo do padre João Paulo Silvino: “Acima de tudo ouvir as pessoas: ouvir, ouvir, ouvir. Mas para ouvir temos de estar próximo, caso contrário não se consegue”, sublinha.

Ainda com dificuldades de se adaptar “à expressão padre Miguel”, o sacerdote indica, no entanto, a necessidade de a Igreja mudar em “alguns aspetos”.

“Alguma coisa tem de ser fazer porque cada vez as paróquias têm menos pessoas, menos jovens que não ligam à Igreja e temos de fazer alguma coisa para mudar isso e acredito que o sínodo seja uma boa oportunidade, que dai sairão coisas muito válidas para aproveitar para a pastoral juvenil e para todos”, reconhece.

O padre Miguel Ângelo explica que “mudou tudo muito rápido e talvez a Igreja não tenha conseguido acompanhar a mudança” na sociedade.

“O sínodo e as Jornadas Mundiais da Juventude serão com certeza uma boa oportunidade, queiramos nós aproveitá-la”, valoriza.

No caminho quer “servir” e estar próximo, pois entende que só assim faz sentido querer ser padre: “Servir e querer estar próximo dá sentido ao ser padre. Só assim se consegue passar a mensagem, e que as pessoas queiram estar connosco”, finaliza.

LS

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