Fotógrafo evocou imagens e amizades que o marcaram, no último mês
Vila Real, 06 out 2022 (Ecclesia) – Pedro Cunha, jovem da Diocese de Vila Real, teve a missão de fotografar a peregrinação dos dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) neste território, entre 4 de setembro e 1 de outubro, e das muitas fotografias “há sempre uma ou duas que ficam na memória”.
“São tantas imagens que é complicado conseguir guardar umas certas, mas há sempre uma ou duas que ficam na memória. Na zona de Sanfins, perto de Vila Real, um senhor que mal conseguia andar mas chega à cruz e ao ícone e consegue ajoelhar-se e rezar à nossa frente”, recordou o fotógrafo em declarações à Agência ECCLESIA.
A cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani foram acolhidos na Diocese de Vila Real, no dia 4 de setembro, entregues pela Diocese de Bragança-Miranda, na ponte de Rebordelo, no concelho de Valpaços.
Até este sábado, quando os dois símbolos da JMJ foram entregues à Diocese do Porto, para uma nova etapa na peregrinação pelas dioceses católicas portuguesas, fizeram mais de dois mil quilómetros no território de Vila Real e visitaram 26 lares/Centros Sociais.
A segunda fotografia que Pedro Cunha guardou “na memória” foi no Pinhão: “Mais de 10 pessoas, ao mesmo tempo, a segurar a cruz no ar, e todas a sair da Santa Casa da Misericórdia”.
“São imagens que marcam sempre uma pessoa”, assegurou.
Para o entrevistado, este mês a acompanhar a peregrinação dos símbolos foi “de conhecimento, de aprendizagem e principalmente amizade”.
“Conheci muita gente, fiz amigos em quase toda a região. Tenho a certeza que muitos deles, depois de pegarem na cruz e no ícone, ficaram com a vontade de pegar neles outra vez e de querer ir a uma jornada”, explicou.
Pedro Cunha adianta que a participação nos Dias nas Dioceses, de 26 a 31 de julho de 2023, a semana antes do encontro em Lisboa, e a própria JMJ Lisboa, de 1 a 6 de agosto, “já está marcada e não há nada que faça mudar de ideias”.
“Acho que vai ser uma semana que ninguém vai conseguir esquecer. Vai marcar cada um de nós e o próprio país, vai deixar uma marca para toda a gente”, acrescentou.
Também em declarações à Agência ECCLESIA, o bispo Vila Real afirmou que este mês de peregrinação “foi muito intenso, muito forte”, percorrendo as várias zonas da diocese, os vários arciprestados e paróquias.
“Criou uma dinâmica muito bonita, uma adesão muito forte e proporcionou momentos muito especiais de celebração da fé, de encontro entre pessoas, no fundo de redescoberta do símbolo da própria cruz”, desenvolveu D. António Augusto Azevedo.
O coordenador do Comité Organizador Diocesano (COD) de Vila Real para a JMJ Lisboa 2023, e responsável pelo Departamento da Pastoral da Juventude, Universidade e Vocações, padre João Curralejo, contabilizou que a cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani visitaram 87 instituições/organizações/entidades.
Na Diocese de Vila Real os dois símbolos estiveram em 11 santuários, 2 estabelecimentos prisionais, 11 corporações de bombeiros, 6 hospitais e centros de saúde, 26 lares/centros sociais, 9 escolas, 14 Câmaras Municipais, e entidades de segurança – PSP (2) e GNR (3), um museu, uma universidade e um quartel/Regimento de Infantaria.
PR/CB/OC