Lisboa, 17 set 2014 (Ecclesia) – O superior geral dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos) considera que a Igreja e a sua congregação vivem “momentos extraordinários”, uma “lufada de ar fresco” através do Papa Francisco, com quem já se encontrou em audiência.
“Esta lufada de ar fresco que está a entrar na Igreja, através do Papa Francisco, é fundamental para todos. As linhas fundamentais do Concilio Vaticano II que estamos a tentar pôr em ação é aquilo que a congregação também tem feito de abrir-se. Somos menos que no passado mas criamos seis novas missões na Ásia, África, América Latina e Europa de leste”, explicou o padre José Ornelas Carvalho.
À Agência ECCLESIA, o responsável dos dehonianos, quase há 12 anos, assinalou que neste “sinal da internacionalidade” que é atualmente “uma dominante da humanidade” também esteja presente na congregação e na Igreja, “num mundo cada vez mais globalizado e intercultural”.
O padre José Ornelas reforça que “a Igreja não pode ser mais simplesmente nacional”, que com “os pés na terra em cada lugar” seja capaz de abrir “a mente, o coração e a imaginação aos olhos” porque se não sobre “o caciquismo local e os limites que não funcionam nem para a sociedade nem para a Igreja”.
O superior geral dos Dehonianos revelou que teve uma audiência com o Papa que incentivou ao estudo da Exortação Apostólica “Evangelho da alegria” porque “é a revolução que deve começar na cabeça e no coração para perceberem a Igreja como um projeto de vida, de desenvolvimento, de felicidade e esperança para a humanidade”.
Segundo o sacerdote português disse ainda que neste encontro com Francisco falaram também sobre “os problemas da congregação” e “sobre a vida e valor do fundador”, o padre Leão Dehon (fundou a Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus em 1878 e faleceu em 1925).
“Estão a dar-se passos em termos da compreensão da realidade em que viveu (padre Leão Dehon) e da mensagem para o nosso tempo mas sobretudo ter uma palavra do Papa para o caminho que estamos a viver e para a preparação da próxima assembleia geral”, desenvolveu o padre José Ornelas Carvalho, quase a terminar o segundo mandato com superior geral dos Dehonianos.
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