Vida Consagrada: «Costumo brincar que, depois das pedras mortas, só as pedras vivas» – Frei André de Santa Maria

Engenheiro Civil de Lisboa participou num encontro vocacional e, oito anos depois, professa na Ordem dos Carmelitas Descalços

Marco de Canaveses, 26 jan 2023 (Ecclesia) – Frei André de Santa Maria, de 31 anos, é engenheiro civil, vai fazer a sua profissão solene na Ordem dos Carmelitas Descalços e contou à Agência ECCLESIA como através de um encontro vocacional foi das “pedras mortas às pedras vivas”.

“Costumo brincar que, depois das pedras mortas, só as pedras vivas, fiz uma vida perfeitamente normal, ao longo do meu crescimento, e a engenharia foi uma normalidade, gostei muito e até durante o curso comecei a notar em mim algumas inquietações que as tentei calar de forma definitiva, fazendo o curso”, recorda.

Natural de Lisboa, Frei André de Santa Maria frequentava a paróquia de Santo Isidoro, em Mafra, e foi lá que, com a ajuda do pároco, recebeu um convite para um encontro vocacional, designado “Rumos”.

“Com o meu pároco, padre Carlos Pinto, do patriarcado de Lisboa, ia falando e, um dia, ele disse ter recebido um email de uma religiosa de clausura a perguntar se não havia alguém que quisesse ir a Fátima, a uma atividade vocacional chamada Rumos”, recorda.

O jovem “por saber que ia lá estar um padre, religiosa e um casal disse que sim” e, daqueles dias de janeiro de 2015, destaca “a comunhão que viu entre padres, irmãs e seculares”, e percebeu que “todas as vocações são belíssimas”.  

“Todas as vocações são belíssimas e aí nos santificamos, temos é de descobrir qual é a nossa”, conta. 

Durante seis meses o jovem engenheiro foi sendo acompanhado e “fazendo caminho”, participou num novo encontro vocacional, onde fez uma experiência numa casa carmelita.

A experiência na casa carmelita do Porto foi clarificadora, viver como os frades vivem, em comunidade, e perceber que era ali o meu lugar e que não valia a pena fugir”.

André Morais disse “o sim no dia 14 junho de 2015”, e a cada ano ia renovando os votos de “pobreza, castidade e obediência”, com algumas dificuldades, “nomeadamente nos tempos de estudo quando esteve mais longe da família e amigos”.

Neste caminho a família, designada por “católicos não praticantes”, teve dificuldade em aceitar a decisão do jovem que terminou o “curso e estava a trabalhar no que gostava”.

Oito anos depois, Frei André lembra ainda “uma novena a Santa Teresinha”, feita por uma religiosa carmelita a “quem muito está agradecido”, e que veio “confirmar a sua vocação”. 

“Neste dia 28 de janeiro farei a minha profissão perpétua, os religiosos são aqueles que prometem a Deus pobreza, castidade e obediência, fazemos porque Jesus viveu assim, prometi de forma temporal e agora prometo por toda vida”, conclui. 

A entrevista integra o programa de rádio ECCLESIA deste sábado, pelas 06h00, na Antena 1 da rádio pública, ficando depois disponível online e em podcast

SN

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