Viana: expectativa rodeia novo Bispo

Palavras de esperança e muitos elogios acolheram D. Anacleto Oliveira

A população de Viana do Castelo vê a nomeação de D. Anacleto Oliveira como uma mais-valia para a diocese e uma oportunidade de renovação. Antes de apresentar novos projectos, o bispo considerou que é essencial conhecer as pessoas.

José Fernandes, um dos muitos fiéis que marcaram presença na catedral de Viana, disse à ECCLESIA que espera que o agora líder da Igreja vianense “traga novas ideias, para puxar sobretudo pelos jovens”.

Outro habitante local, Alberto Silva, classificou a ocasião como “um momento muito importante, para toda a diocese, porque são novas oportunidades que surgem”.

Destaque também para as pessoas que vieram da localidade de Cortes, a terra natal de D. Anacleto Oliveira, no distrito de Leiria.

Anacleto Gonçalves foi um dos que cumpriu a viagem, para se associar à festa. Para além de homónimo do bispo, apresentou-se também como “vizinho e primo dele”, tendo mesmo vivido paredes-meias com o recém-nomeado prelado de Viana.

Convidado a traçar um perfil de D. Anacleto Oliveira, definiu-o como “um homem muito trabalhador, que tem os princípios da verdadeira comunidade, que se agarra muito à bíblia, alguém que será capaz de dar um impulso às coisas e colaborar”.

Maria da Luz, outra conterrânea do bispo, considerou-o “boa pessoa e muito calmo”, defendendo que “a diocese de Viana do Castelo fica muito bem servida”.

Padre há 40 anos, D. Anacleto Oliveira é doutorado em Ciências Bíblicas pela Universidade de Munster, na Alemanha e membro da Comissão Episcopal da Educação Cristã.

O bispo, que tem como lema de vida “Escravo para todos”, deixa para trás a sua função de bispo auxiliar de Lisboa, que exercia desde 2005. 

Na hora de abraçar este novo desafio, o prelado relegou a revelação de novos projectos para mais tarde, “depois de conhecer as pessoas, em especial os padres da diocese”. Garantiu apenas que os planos pastorais, que estão em movimento nas diversas paróquias, “vão ser levados até ao fim”. 

D. Anacleto Oliveira mostrou-se satisfeito por herdar uma diocese com “bastantes padres, jovens, bem formados”. Viana do Castelo é considerada também uma região muito fecunda em termos de prática religiosa.

Um facto que, segundo o prelado, “só a torna mais valiosa”, refere à Agência ECCLESIA. 

O seu antecessor, D. José Pedreira, defendia que o maior desafio, que se colocava à Igreja, era conseguir adaptar as diversas expressões religiosas existentes na região, passando-as para uma linguagem mais compreensível, especialmente para as gerações mais jovens. 

A este respeito, o novo bispo de Viana do Castelo diz que terá de se “adaptar à religiosidade das pessoas, às suas diversas expressões”, acrescentando que irá “dar continuidade às acções que têm sido feitas”.

O ministério de D. Anacleto Oliveira tem sido pautado pela atenção à mensagem bíblica e pelo cuidado na sua transmissão, de forma simples, aos fiéis, particularmente às crianças e jovens.

Esta conjugação de intelectualidade e simplicidade, segundo o próprio, é “a grande preocupação de toda a sua vida”.

“Não sei se consegui fazê-lo, agora tento todos os dias, e irei tentar continuar, enquanto Deus me der forças e sabedoria suficientes” declara o prelado, confiando, para isso, na ajuda das estruturas da diocese”.

D. Anacleto Oliveira é apenas o quarto bispo na história da jovem diocese, formada em 1977, e que é habitada por cerca de 250 mil pessoas. Vai ter a seu cargo 291 paróquias e cerca de 150 sacerdotes.

Redacção/Paulo Rocha (em Viana do Castelo)

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