Viana do Castelo: Frei Bartolomeu dos Mártires inspirou assembleia de formação e convívio do clero

D. Anacleto Oliveira interação dos padres «mais novos, com o seu entusiasmo» e «os mais velhos, com a sua experiência»

Foto Agência ECCLESIA/LFS

Viana do Castelo, 30 out 2019 (Ecclesia) – O bispo de Viana do Castelo e o clero diocesano reuniram-se esta terça-feira em assembleia, um tempo de encontro, formação e reflexão sobre D. Frei Bartolomeu dos Mártires, no Santuário da Senhora da Peneda.

“O bispo sem os padres não consegue fazer nada, e os padres, todo o seu ministério é exercido em colaboração como bispo”, disse D. Anacleto Oliveira à Agência ECCLESIA.

Na assembleia do clero encontram-se todos os padres da Diocese de Viana do Castelo e o seu bispo realçou que isso “é das coisas belas na Igreja”: “Os mais novos, com o seu entusiasmo, o desejo de fazerem alguma coisa; os mais velhos, com a sua experiência que se completam.”

Para D. Anacleto Oliveira este “é um complemento”, que “nasce da riqueza da Igreja em geral”.

“Hoje, há um à vontade que me impressiona muito positivamente, brincam uns com os outros e já não vejo os mais velhos a tratar os outros como filhos, mas como irmãos mais novos”, revelou.

O clero refletiu sobre a figura de São Bartolomeu dos Mártires (1514-1590) – arcebispo de Braga quando a arquidiocese incluía os territórios de Braga, Bragança, Vila Real e Viana do Castelo – que o Papa Francisco inscreveu no livro dos santos por canonização equipolente; o decreto vai ser lido no próximo dia 10 de novembro, em Braga.

O padre Vasco Gonçalves falou de um tempo em que todos se encontram, conversam, “há uma empatia”, que “é muito saudável para o clero”, para além da formação.

“Estes momentos são muito importantes, até pelo sentido do que a Igreja é como sinodalidade, caminhar em conjunto, a comunhão que vamos estabelecendo que depois permite chegar à comunhão com as próprias comunidades, os próprios fiéis, com a Igreja”, acrescentou o pároco da igreja de São Domingos.

Segundo o sacerdote, ordenado há 20 anos, a assembleia permite o convívio entre o clero que “está a crescer e a surgir” e os que, de certa forma, estão “a viver o fruto da sua experiência, da sua vida”, e “é muito positivo porque uns transmitem e enriquecem os outros e cria um certo equilíbrio”.

Foto Agência ECCLESIA/LFS

O Santuário de Nossa Senhora da Penada, na Gavieira, em Arcos de Valdevez, acolheu o encontro e o seu capelão assinalou que “é bom receber o clero”, porque um santuário “vive do povo que visita, que peregrina e, naturalmente, com os seus pastores”.

“É bom ver os padres reunidos num santuário tão emblemático e tão antigo na nossa diocese”, disse o padre César Maciel à Agência ECCLESIA.

O sacerdote realçou que têm muitos peregrinos, muitos visitantes “de todo o lado” que “ficam cheios de espanto como foi possível construir um santuário com o de Nossa Senhora da Penada “no meio do nada”.

“É uma caminhada em direção a Cristo, Maria, Nossa Senhora da Penada, entrega-nos Jesus a Salvação. Não existe nenhuma pedra que não tenha um motivo e, essencialmente, o principal era a catequese, instruir o povo de Deus e depois acolhê-los”, desenvolveu o padre César Maciel.

O bispo diocesano referiu que o ambiente “um tanto agreste” que rodeia o santuário dá uma configuração particular, uma “dimensão muito humana da dureza da vida e, simultaneamente, da beleza que a vida tem nessa mesma dureza”.

A assembleia do clero de Viana do Castelo realizou-se na Semana da Diocese 2019.

LFS/CB/OC

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