Viana do Castelo: Bispo diocesano pede «laboratórios de paz e de concórdia» para mundo em guerra

Mensagem de D. João Lavrador para o Dia Mundial da Paz aponta à JMJ 2023 como momento de diálogo e abertura

Foto: Diocese de Viana do Castelo

Viana do Castelo, 31 dez 2022 (Ecclesia) – O bispo de Viana do Castelo apelou à construção de “laboratórios de paz e de concórdia”, para um mundo em guerra, apontando à Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2023 como uma oportunidade de “diálogo e abertura”.

“Somos agraciados pelo convite, continuamente renovado, a edificarmos comunidades participativas, nas quais todos têm lugar, fazendo delas locais de encontro, de diálogo e por isso, laboratórios de paz e de concórdia”, refere D. João Lavrador, numa mensagem para o próximo Dia Mundial da Paz (1 de janeiro de 2023), enviada à Agência ECCLESIA.

O responsável aponta à mobilização de todos os jovens na JMJ Lisboa 2023, afirmando que estas jornadas promovidas pela Igreja Católica são “um dos maiores acontecimentos promotores e incentivadores para a paz”.

“Exorto não só à participação de todos os jovens da nossa diocese, inscrevendo-se e atuando energicamente em todos os passos que nos levam até às jornadas, mas igualmente apelo a todas as famílias que, na semana anterior às jornadas, denominada a semana na diocese, abram as suas casas para acolherem jovens vindos de diversas partes do mundo”, apela o bispo de Viana do Castelo.

Este gesto tem um alcance enorme no diálogo, na abertura ao outro, no conhecimento e respeito por outras culturas, como dimensões importantes para edificar um futuro de paz”.

O documento cita a mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz 2023, que aponta ao impacto da pandemia e à “situação de guerra” em todo o mundo, cujas consequências “atingem a humanidade a nível global, gerando maiores focos de pobreza e de marginalidade”.

D. João Lavrador lamenta ainda “a falta de diálogo e a imposição da força como único meio para destruir o outro como adversário, pela reorganização estratégica das grandes potências com ânsias de domínio político e económico”.

“Que cada um e cada comunidade se questione sobre a responsabilidade que lhes cabe neste processo de intensificação da guerra, da desavença, do ódio e do desprezo pelo seu semelhante”, apela.

O bispo de Viana do Castelo conclui a sua mensagem com votos de feliz Ano Novo para todos os diocesanos, “às famílias, às crianças, jovens e idosos, mas sobretudo aos mais pobres e marginalizados, aos que estão presos e aos doentes e a viver na solidão”.

O Dia Mundial da Paz foi instituído em 1968 por São Paulo VI (1897-1978) e é celebrado no primeiro dia do novo ano, com uma mensagem papal.

OC

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