Viana do Castelo: Bispo afirmou que «vida cristã não se pode reduzir» ao que se passa no interior «dos edifícios religioso»

D. Anacleto Oliveira explicou que tempo de confinamento «trouxe grandes lições»

Foto Diocese de Viana do Castelo

Viana do Castelo, 31 mai 2020 (Ecclesia) – O bispo de Viana do Castelo disse hoje que o confinamento, no contexto da pandemia do Covid19, mostrou que “a vida cristã não se pode reduzir ao que se passa nos edifícios religiosos”, na Sé.

“Este tempo de confinamento trouxe grandes lições, a vida cristã não se pode reduzir ao que se passa dentro das paredes dos edifícios religiosos”, explicou D. Anacleto Oliveira, na homilia da Eucaristia.

Na informação enviada à Agência ECCLESIA, o bispo de Viana do Castelo assinalou que na “passada sexta-feira foi o último dia de jejum das celebrações litúrgicas comunitárias”, com o fim da suspensão das celebrações com fiéis nos lugares de culto, decretada por causa da pandemia Covid-19, a 13 de março.

Foto Diocese de Viana do Castelo

“Este ano, não houve celebrações comunitárias, mas houve tanta gente a celebrar a Páscoa, a dar-se aos outros. Houve, em concreto, uma valorização da família que se tornou mais harmoniosa e redescobriu a beleza da oração em família. Viveu-se a Páscoa de um modo mais profundo”, realçou.

Na celebração da Solenidade do Pentecostes, 50 dias depois da Páscoa, que evoca a efusão do Espírito Santo, terceira pessoa da Santíssima Trindade na doutrina católica, D. Anacleto Oliveira revelou que “foi, talvez, a Páscoa mais viva” que celebrou.

“Apesar da ausência dos fiéis, dos quais senti muita falta, esta foi oportunidade de viver de um outro modo o mistério pascal. De facto, apesar das celebrações litúrgicas serem essenciais, estas não servem de nada se não têm repercussões na vida prática, reduzindo-se a mero ritualismo. Da Páscoa faz parte, acima de tudo, a oferta da vida”, desenvolveu.

O Secretariado Diocesano de Comunicação Social de Viana do Castelo assinala que a Eucaristia de Pentecostes contou com a participação de várias dezenas de fiéis, que cumpriram as determinações das autoridades sanitárias e as indicações da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).

Foto Diocese de Viana do Castelo

D. Anacleto Oliveira lembrou que o regresso das celebrações comunitárias com presença de fiéis coincidiu com o dia em que a Igreja celebrou a memória de São Paulo VI, fundador da diocese do alto-minho.

“Tal como, há mais de quarenta anos, com São Paulo VI, a Igreja presente em Viana do Castelo iniciou um tempo novo, também nós, agora, com a reabertura das igrejas, assistimos a um reinício”, acrescentou sobre o pontífice que “em breve, poder ser declarado padroeiro secundário da Diocese”.

Os horários das Eucaristias dominicais de toda a diocese estão publicadas no jornal ‘Notícias de Viana’ – edição em papel e online noticiasdeviana.pt/missasdiocese/ – e o regresso das celebrações litúrgicas comunitárias foi preparado numa reunião do colégio de arciprestes com D. Anacleto Oliveira.

CB

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Agência ECCLESIA

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