Viana: Diocese espera canonização de frei Bartolomeu dos Mártires para breve

D. Anacleto Oliveira diz que figura do bispo do século XVI continua no «coração das pessoas»

Viana do Castelo, 27 mai 2016 (Ecclesia) – O bispo de Viana do Castelo disse à Agência ECCLESIA que canonização de frei Bartolomeu dos Mártires (1514-1590) está na sua fase “final” e que o bispo do século XVI continua no “coração das pessoas”.

“Eu tenho a esperança de que no próximo ano pastoral (2016-2017), o último de um triénio dedicado a Bartolomeu dos Mártires – começamos pelo nascimento, depois pelos 450 anos da sua morte e para o ano seriam os 15 da beatificação –, seja o coroar do projeto pastoral, com a sua canonização. Foi sem dúvida uma graça que ele nos concedeu”, sublinhou D. Anacleto Oliveira, em entrevista publicada hoje na mais recente edição do Semanário ECCLESIA.

Para este responsável, a personalidade do futuro santo foi dada a conhecer a muitas pessoas com o ciclo de celebrações dos 500 anos de nascimento do antigo arcebispo de Braga e também responsável pelo território que hoje compreende as dioceses de Viana do Castelo, Bragança-Miranda e Vila Real.

“Ficou ainda mais no coração das pessoas. Foi uma iniciativa inspirada o levar as relíquias de Frei Bartolomeu para percorrer todas as paróquias da diocese”, recorda.

O bispo de Viana do Castelo evoca o “amor à Igreja” de Frei Bartolomeu e tudo o que “fez pela evangelização de então”.

Neste momento, decorre a “etapa final” do processo de canonização, para a elaboração da chamada ‘positio’, “aquilo que o Papa exige neste momento”.

“Nós esperamos que no próximo mês tudo seja entregue em Roma, todo o material que foi recolhido agora”, adianta D. Anacleto Oliveira.

O Papa Francisco aceitou o pedido de canonização de Bartolomeu dos Mártires sem a necessidade de reconhecimento de novo milagre atribuído à sua intercessão; trata-se de uma ‘canonização equipolente’, processo através do qual o Papa vincula a Igreja.

D. Anacleto Oliveira responde depois a uma questão sobre as “periferias” de que o pontífice argentino tem falado, sublinhando que a mais jovem diocese católica de Portugal não se sente “abandonada”.

“Estamos plenamente integrados na Igreja Católica em Portugal, com todos os direitos. É uma diocese nova, mas não é de forma alguma periférica. Geograficamente, no entanto, é. Fica mais longe de Lisboa, demora-se mais tempo a chegar”, precisa.

O bispo de Viana do Castelo aborda depois o tema da “religiosidade popular”, optando por sublinhar as suas “enormes” potencialidades.

“Encontramos nas pessoas que se reúnem para exprimir a sua fé, para se encontrarem com Deus, com os outros, nessas expressões de religiosidades popular, uma abertura muito maior do que fora desses momentos”, explica.

O Semanário ECCLESIA dedica no seu último número um dossier temático à realidade da Igreja Católica no Alto Minho.

LFS/OC

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