Venezuela: Igrejas cristãs e comunidade judaica alertam para situação de fome no país

Fórum Social Inter-religioso pede que o Governo facilite acesso do Programa Alimentar Mundial

Foto: Lusa/EPA

Caracas, 28 jul 2020 (Ecclesia) – O Fórum Social Inter-religioso da Venezuela, que une Igrejas cristãs e comunidade judaica, alertou em comunicado para a situação de fome no país, pedindo que o Governo facilite o acesso do Programa Alimentar Mundial, da ONU.

O documento, divulgado pela Arquidiocese de Caracas, indica que a população venezuelana vive há quatro anos uma “crise humana complexa”, agora agravada pela pandemia, com “privações dos direitos à saúde, comida, educação, meios de subsistência, segurança e acesso a serviços básicos”.

“Vemos com preocupação o facto de Estado venezuelano não possuir os recursos ou as capacidades necessárias, hoje, para mitigar os efeitos dessas privações sofridas pelo nosso amado povo”, indica o texto.

O estudo que o Programa Alimentar Mundial realizou na Venezuela, entre julho e setembro de 2019, indicou que 9,3 milhões de pessoas estavam em situação de insegurança alimentar aguda.

Já o boletim de desnutrição infantil da Cáritas de Venezuela revela que, em abril de 2020, a desnutrição aguda global atingiu 17,3%, o que representa um aumento de 8,4% em relação a janeiro do mesmo ano.

“Fazemos um apelo responsável ao Estado venezuelano para apoiar e promover a entrada na Venezuela do Programa Alimentar Mundial – com as suas múltiplas capacidades de apoio (programas alimentares, assistência a crianças, transferência de rendimento, apoio aos produtores, logística)”, referem os signatários, que pedem a intervenção de agentes humanitários locais e internacionais.

OC

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