Cardeal D. Manuel Clemente recorda «acontecimento forte e marcante para tanta gente», que deixa marca para o futuro
Cidade do Vaticano, 30 nov 2023 (Ecclesia) – Centenas de portugueses estiveram hoje no Vaticano, para um encontro com o Papa, agradecendo a realização da JMJ Lisboa 2023.
“Foi uma maneira de manifestar ao Papa o grande reconhecimento que todos temos em Portugal, e não só, pelo que aconteceu na Jornada Mundial da Juventude”, explicou à Agência ECCLESIA o cardeal D. Manuel Clemente, patriarca emérito de Lisboa, que presidiu à abertura da JMJ, no último dia 1 de agosto.
O responsável sublinhou a presença de pessoas que trabalharam “muitíssimo”, num clima de colaboração, agradecendo pela ajuda económica e institucional que a organização do encontro recebeu.
“A Jornada foi um acontecimento forte e marcante para tanta gente. A sua continuação são, exatamente, estas pessoas, que vão transportar para a vida da Igreja e da sociedade esta experiência marcante”, indicou.
D. Manuel Clemente acredita que a JMJ vai mudar a vida de quem esteve mais diretamente envolvido na Jornada.
“Estas pessoas não ficam no abstrato, dão às palavras o preenchimento que a Jornada lhes proporcionou”, precisou.
D. Américo Aguiar, presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 e bispo de Setúbal, indicou que a audiência desta manhã tinha como objetivo “dizer obrigado ao Papa”.
“Seguindo o lema do Ano Jubilar de 2025, Peregrinos na Esperança, fizemo-nos peregrinos, para vir agradecer ao Papa a Jornada Mundial da Juventude. Foi um sucesso, porque Deus quis, porque o Papa se empenhou, os jovens foram extraordinários e porque os voluntários e a as empresas colaboraram”, referiu à Agência ECCLESIA.
A audiência contou com a presença de centenas de pessoas, entre voluntários, parceiros empresariais e responsáveis da Igreja e das entidades públicas envolvidas na organização da JMJ 2023.
André Cardoso, um dos participantes no encontro, considerou “gratificante ver que o Papa ficou muito satisfeito pelo que os portugueses conseguiram dar”, falando numa experiência “marcante”.
“Vivi com muita alegria, muita emoção, acho que quem cá esteve hoje é um privilegiado”, referiu, por sua vez, Ana Varela.
Duarte Ricciardi, secretário-executivo do comité que organizou a JMJ Lisboa 2023, disse que o encontro com Francisco foi “muita alegria”.
“É muito emocionante ver que, algum tempo depois da Jornada, ficou este sentimento de termos feito algo em conjunto. Estivemos todos a trabalhar muito de perto, durante muito tempo, mesmo quando não nos conhecíamos”, realça.
Matilde Trocado, encenadora, assumiu a felicidade de “reencontrar” as caras com quem se trabalhou, durante tanto tempo.
“Todos nós temos a sensação de que boa parte do trabalho não foi nosso, mas em nome de Deus, da sua inspiração. Foi bom ter feito parte disso”, declarou.
Durante o encontro, a Conferência Episcopal Portuguesa e a Agência ECCLESIA ofereceram ao Papa um exemplar da revista comemorativa da JMJ Lisboa 2023, ‘Todos, todos, todos’.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia, representou o município na audiência, entregando ao Papa o relatório final elaborado pela autarquia.
A CML expressa o seu agradecimento pela herança que deixou à cidade na Jornada Mundial da Juventude e agradece o reconhecimento de Francisco pela boa organização desta iniciativa, que “encheu de orgulho todos os trabalhadores da Câmara de Lisboa”, indica uma nota enviada à Agência ECCLESIA.
O programa da visita da delegação da JMJ 2023 iniciou-se com a celebração de uma missa na Igreja de Santo António dos Portugueses, atribuída ao cardeal D. Manuel Clemente, patriarca emérito de Lisboa.
Termina com idêntica celebração, na Igreja de Santo António de Pádua, em Roma, a igreja que foi concedida a D. Américo Aguiar pelo Papa Francisco, na altura da sua criação como cardeal, em setembro.
A JMJ 2023 decorreu de 1 a 6 de agosto, em Lisboa, com mais de 1,5 milhões de participantes nas celebrações conclusivas, presididas pelo Papa no Parque Tejo.
PR/OC