Vaticano: Porta-voz condena fugas de documentos

Padre Lombardi fala em tentativas de «desacreditar» a Igreja Católica e os seus responsáveis máximos

Cidade do Vaticano, 14 fev 2012 (Ecclesia) – O porta-voz do Vaticano lamentou hoje, em comunicado, as recentes fugas de documentos que considerou destinadas a “criar confusão” e deixar “sob suspeita” o Vaticano e o governo da Igreja Católica.

“Nestes tempos devemos manter a calma, porque já ninguém se admira com nada. A administração americana viveu o caso ‘wikileaks’, agora tocou ao Vaticano ter os seus ‘leaks’”, assinala o padre Lombardi, em nota divulgada pelo portal de notícias news.va.

Em causa, entre outros, estão acusações de corrupção contra o Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano e o Instituto para as Obras Religiosas (conhecido como o banco do Vaticano), na imprensa italiana, que falou ainda de um alegado complô destinado a assassinar Bento XVI, assunto que o porta-voz do Vaticano qualificou como “delírio”.

“O resultado é o mesmo: misturar tudo favorece a confusão”, observa o diretor da sala de imprensa da Santa Sé.

Segundo este responsável, “é muito triste que, deslealmente, documentos internos sejam passados para o exterior, de maneira a criar confusão”.

“A responsabilidade recai sobre um lado e sobre o outro. Em primeiro lugar, sobre quem fornece este tipo de documentos, mas também sobre quem os utiliza para objetivos que não são, seguramente, o puro amor da verdade”, refere.

O padre Lombardi afirma que os alguns dos documentos difundidos recentemente tendem a “desacreditar” um “sério esforço para garantir uma verdadeira transparência no funcionamento das instituições do Vaticano, também do ponto de vista económico”.

“Quem pensa que vai desanimar o Papa ou os seus colaboradores neste compromisso, está enganado”, observa o porta-voz.

OC

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