Vaticano pede regras internacionais que sustentem o desenvolvimento

Os princípios de solidariedade e subsidiariedade são a chave para estabelecer as regras internacionais que sustentam o desenvolvimento, defendeu a Santa Sé numa intervenção na Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento que decorreu em Acra, Gana. Referindo-se à “crise do multilateralismo”,o observador permanente da Santa Sé apontou especialmente duas críticas às organizações internacionais: “A primeira é o problema de representação, segundo o qual a decisão que tem poder entre estas instituições não está situada de forma equitativa”. A segunda crítica refere-se à “falta de envolvimento da sociedade em iniciativas orientadas ao desenvolvimento, empreendidas por instituições multilaterais”. Após uma análise dos problemas inerentes ao comércio e desenvolvimento, o Arcebispo Silvano Tommasi falou daquilo que se pode fazer. A primeira proposta é recordar o que chamou de “verdade objectiva”, que é um desenvolvimento centrado no ser humano. O verdadeiro objectivo é o desenvolvimento, propõe a Santa Sé, e “o comércio representa uma oportunidade significativa para os países em vias de desenvolvimento. Contudo, este não é um fim em si mesmo, mas um meio para a conquista do desenvolvimento e a redução da pobreza”. O representante da Santa Sé falou depois de dois princípios que devem ser sustentados; não são obstáculos para as diferentes vias de desenvolvimento: solidariedade e subsidiariedade. “A tarefa enfrentada pelas instituições internacionais de sustentar o desenvolvimento dos países é enorme – conclui -. O primeiro passo decisivo para este objectivo é implementar políticas que reconheçam e situem o valor da pessoa humana no seu centro”. (Com Rádio Vaticano)

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