Vaticano: Papa «reagiu bem» a intervenção cirúrgica por causa de problema no cólon, informa porta-voz

Francisco vai permanecer na Policlínica Gemelli, em Roma

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 04 jul 2021 (Ecclesia) – O Papa foi hoje submetido com sucesso a uma cirurgia programada na Policlínica Gemelli, em Roma, por causa de um problema no cólon, informou o Vaticano.

“O Santo Padre, internado esta tarde na Policlínica A. Gemelli, foi submetido ao início da noite à operação cirúrgica agendada para estenose diverticular do sigma. O Santo Padre reagiu bem à intervenção, realizada sob anestesia geral”, informa uma nota enviada aos jornalistas pelo porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni.

A Santa Sé informou, ao início da tarde, que o motivo da intervenção era uma “estenose diverticular sintomática do cólon”; a operação foi realizada pelo especialista italiano Sergio Alfieri, com assistência de outros três médicos.

A nota desta noite indica ainda o nome dos responsáveis pela anestesia, assinalando que a operação foi acompanhada pelo médico pessoal de Francisco, Roberto Bernabei, professor de Medicina Interna e Geriatria na Universidade Católica de Roma, num total de dez médicos envolvidos na intervenção.

A Santa Sé não deixou qualquer indicação relativa ao tempo de recuperação, que a imprensa italiana indica ser de cinco dias.

O Papa está alojado no 10.º andar do hospital universitário, nas mesmas instalações que acolheram São João Paulo II por diversas ocasiões, no seu pontificado, e chegou ao local sem qualquer comitiva a acompanhá-lo.

Francisco dedica habitualmente o mês de julho a um período de descanso, sem audiências oficiais nem viagens, presidindo apenas à recitação dominical do ângelus, desde a janela do apartamento pontifício.

Este domingo, no encontro com peregrinos e turistas na Praça de São Pedro, o Papa anunciou que vai visitar a Eslováquia, em setembro, numa viagem que se inicia na capital húngara, Budapeste, com a Missa de Encerramento do 52.º Congresso Eucarístico Internacional.

Jorge Mario Bergoglio, de 84 anos, é natural de Buenos Aires, na Argentina; na sua juventude, foi operado a um pulmão, parcialmente retirado.

A 13 de março de 2013 foi eleito como sucessor de Bento XVI, escolhendo o inédito nome de Francisco; é o primeiro Papa jesuíta na história da Igreja Católica e também o primeiro pontífice sul-americano.

Ao longo do seu pontificado, o atual Papa teve várias crises ligadas à dor ciática, que o obrigaram a cancelar alguns eventos.

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, dirigiu a Francisco os seus “mais cordiais votos de uma boa convalescença e de uma recuperação ainda melhor e rápida”.

A Diocese de Roma e a Conferência Episcopal Italiana também enviaram mensagens a Francisco.

OC

 

Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, a 17 de dezembro de 1936; filho de emigrantes italianos, trabalhou como técnico químico antes de se decidir pelo sacerdócio, no seio da Companhia de Jesus, licenciando-se em filosofia e teologia.

Ordenado padre a 13 de dezembro de 1969, foi responsável pela formação dos novos jesuítas e depois provincial dos religiosos na Argentina (1973-1979).

João Paulo II nomeou-o bispo auxiliar de Buenos Aires em 1992 e foi ordenado bispo a 27 de junho desse ano, assumindo a liderança da diocese a 28 de fevereiro de 1998, após a morte do cardeal Antonio Quarracino.

O primaz da Argentina seria criado cardeal pelo Papa polaco a 21 de fevereiro de 2001, ano no qual foi relator da 10ª assembleia do Sínodo dos Bispos.

Tem como lema ‘Miserando atque eligendo’, frase que evoca uma passagem do Evangelho segundo São Mateus: “Olhou-o com misericórdia e escolheu-o”.

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