Vaticano: Papa pede sabedoria para o Médio Oriente

Francisco disse ainda que não se é cristão por acaso

Cidade do Vaticano, 25 jun 2013 (Ecclesia) – O Papa afirmou hoje no Vaticano que a paz no Médio Oriente exige “sabedoria” e lembrou as raízes comuns que ligam cristãos, judeus e muçulmanos, a partir da figura de Abraão, “pai dos povos”.

“Peço tanto ao Senhor que nos dê a todos a sabedoria, esta sabedoria – não litiguemos, eu daqui e tu dali – pela paz”, disse Francisco, na homilia da missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta, perante funcionários de organismos da Cúria Romana e da Santa Sé.

A intervenção partiu duma passagem do livro do Génesis, que relata a discussão entre Abraão e Lot sobre a divisão da terra, com o primeiro a decidir “continuar a caminhar”.

“Abraão parte da sua terra com uma promessa: todo o seu caminho é andar rumo a esta promessa. O seu percurso é um modelo para o nosso. Deus chama Abraão, uma pessoa, e desta pessoa faz um povo”, explicou o Papa.

Francisco observou, por outro lado, que a escolha de ser cristão não é fruto do “acaso”, mas uma resposta pessoal a Deus, que chama “pelo nome, com uma promessa”.

“Nós cristãos somos chamados individualmente: nenhum de nós é cristão por mero acaso. Nenhum”, insistiu.

Segundo o Papa, ser cristão é um “chamamento de amor, de amizade” que deve impelir à transmissão desse chamamento aos outros.

“Deus acompanha-nos, Deus chama-nos pelo nome, Deus promete-nos uma descendência. Esta é um pouco a segurança do cristão. Não é um acaso, é um chamamento, que nos faz ir em frente”, concluiu.

OC

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