Vaticano: Papa chega Marselha, propondo «caminhos de paz» e diálogo entre culturas (atualizada)

Viagem, dedicada à situação no Mediterrâneo, inclui encontro com migrantes e jovens

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 22 set 2023 (Ecclesia) – O Papa iniciou hoje uma viagem de dois dias a Marselha, no sul da França, para se encontrar com migrantes, responsáveis políticos e jovens de vários países, com atenção ao diálogo entre culturas e às vítimas dos conflitos.

“Vou participar num encontro que reúne Igrejas e cidades do Mediterrâneo, com o objetivo de refletir sobre os desafios do acolhimento, da integração e da fraternidade, a fim de favorecer o diálogo intercultural e promover caminhos de paz”, referiu Francisco, na mensagem enviada ao presidente da República Italiana, Sergio Mattarella, ao partir para os ‘Rencontres Méditerranéennes’ (Encontros do Mediterrâneo), que decorrem na cidade francesa, na sua terceira edição.

O voo da Ita Airways deixou o aeroporto de Fiumicino, em Roma, onde o Papa chegou em cadeira de rodas.

Antes, no Vaticano, o Papa tinha conversado com 20 mulheres acolhidas na casa ‘Dom de Maria’, gerida pelas Missionárias da Caridade, a congregação fundada pela Madre Teresa de Calcutá.

Esta é a primeira vez que um Papa se desloca a Marselha, desde a passagem de Clemente VII, que liderou a Igreja Católica entre 1523 e 1534.

“Espero ter coragem de dizer tudo o que quero dizer”, disse Francisco aos cerca de 70 jornalistas que o acompanham.

“Boa tarde a todos e obrigado por terem vindo, desejo um bom trabalho. Pode ser pouco tempo, mas são muitas coisas nesta cidade que é a porta, a janela, é tudo… no Mediterrâneo. Obrigado”, referiu, no voo entre Roma e Marselha.

Esta é 44ª viagem internacional do pontificado, tendo Francisco visitado 61 países, incluindo Portugal; a 25 de novembro de 2014, o Papa esteve na cidade francesa de Estrasburgo, para discursar perante o Parlamento Europeu e o Conselho da Europa.

Foto: Lusa/EPA

Pelas 16h03 desta tarde (menos uma em Lisboa), Francisco chegou ao aeroporto internacional de Marselha, onde foi recebido pelo primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne.

Uma hora depois, o Papa saúda o clero diocesano e reza na Basílica de Notre Dame de la Garde.

A agenda desta sexta-feira prevê, pelas 18h00, uma visita ao memorial dedicado aos “marinheiros e migrantes perdidos no mar”, num momento de oração e recolhimento com líderes religiosos.

Desde a sua eleição pontifícia, em 2013, Francisco fez 43 viagens e visitou 61 países: Portugal (2017 e 2023), Brasil, Jordânia, Israel, Palestina, Coreia do Sul, Turquia, Sri Lanka, Filipinas, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba, Estados Unidos da América, Quénia, Uganda, República Centro-Africana, México, Arménia, Polónia, Geórgia, Azerbaijão, Suécia, Egito, Colômbia, Mianmar, Bangladesh, Chile, Perú, Bélgica, Irlanda, Lituânia, Estónia, Letónia, Panamá, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Bulgária, Macedónia do Norte, Roménia, Moçambique, Madagáscar, Maurícia, Tailândia, Japão, Iraque, Eslováquia, Chipre, Grécia (após ter estado anteriormente em Lesbos),  Malta, Canadá, Cazaquistão, Barém, República Democrática do Congo, Sudão do Sul, Hungria e Mongólia; Estrasburgo (França) – onde esteve no Parlamento Europeu e o Conselho da Europa -, Tirana (Albânia), Sarajevo (Bósnia-Herzegovina) e Genebra (Suíça).

OC

Vaticano: Papa visita Marselha, com atenção a crise migratória e conflitos armados

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