Vaticano: Papa manifesta preocupação com crises em Hong Kong e na América Latina

Francisco explica telegramas enviados a autoridades asiáticas, durante viagem internacional

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 26 nov 2019 (Ecclesia) – O Papa manifestou hoje a sua preocupação com as crises políticas em Hong Kong e na América Latina, apelando à pacificação destes territórios.

Francisco falava em conferência de imprensa no voo de regresso entre Tóquio e Roma, apresentando como um ato de “cortesia” os telegramas enviados este sábado aos responsáveis políticos da China, Taiwan e Hong Kong, ao sobrevoar o seu espaço aéreo.

“Os telegramas são enviados a todos os Chefes de Estado, é uma coisa automática de saudação e é também uma forma educada de pedir permissão para sobrevoar o seu território. Isto não significa condenação ou apoio”, indicou.

“Rezo para que Deus Todo-Poderoso garanta a todos vós bem-estar e paz”, referia a mensagem enviada por Francisco a Carrie Lam, chefe do governo de Hong Kong.

Na sua conversa com os jornalistas, o pontífice reafirmou que “gostaria de ir a Pequim”.

O Papa sublinhou que se vive um clima “geral” de instabilidade, dos “coletes amarelos” na França à Nicarágua, passando pelo Chile.

“O que faz a Santa Sé face a isto? Apela ao diálogo, à paz, mas não é só Hong Kong, há várias situações com problemas que não sou capaz de avaliar neste momento. Eu respeito a paz e peço paz para todos estes países que têm problemas, incluindo a Espanha”, acrescentou.

Francisco comparou a situação de hoje, na América Latina à de 1974-1980, “no Chile, Argentina, Uruguai, Brasil”, uma “situação em chamas”.

“Ainda não encontrei uma análise bem feita da situação na América Latina e também há governos fracos, muito fracos, que não conseguiram colocar ordem e paz, e é por isso que chegamos a essa situação”, observou.

O Papa admitiu que, à imagem do que aconteceu com a Venezuela, a Santa Sé poderia mediar a crise na Bolívia, em conjunto com “as Nações Unidas ,que enviaram delegados, e até também alguém das nações europeias”.

“Não sei se o Chile fez algum pedido de mediação internacional, o Brasil certamente não, mas ali também há problemas”, prosseguiu.

OC

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