Francisco lembrou «uma situação difícil» que deve ser gerida «bem, com paz e também com alegria»
Cidade do Vaticano, 14 mar 2020 (Ecclesia) – O Papa pediu hoje “uma oração especial pelas famílias” que estão em casa com os filhos, por causa da pandemia do coronavírus Covdi-19, e de “modo especial” pensou em tem alguma pessoa com necessidades especiais, na homilia da Missa.
“Rezemos pelas famílias para que não percam a paz neste momento e sejam capazes de levar toda a família com coragem e alegria”, disse Francisco na capela da Santa Marta.
Na informação divulgada pelo sítio online ‘Vatican News’, o Papa explicou que, “de modo especial”, estava a pensar nas famílias que têm um “membro com deficiência” e os centros de acolhimento “estão fechados e a pessoa permanece em família”.
O Papa começou por assinalar que continuavam “a rezar pelos doentes” da pandemia Covid-19 e, “hoje, gostaria de pedir uma oração especial pelas famílias”, as famílias que de um dia para o outro se encontram “com os seus filhos em casa, e devem gerir uma situação difícil e geri-la bem, com paz e também com alegria”.
Na liturgia deste sábado foi lido o Evangelho do filho pródigo e Francisco na sua homilia assinalou que Jesus partilhou esta parábola no contexto do murmúrio dos fariseus e escribas murmuravam porque “acolhe os pecadores e come com eles”.
“A parábola é um pouco a explicação deste drama, deste problema. O que é que estas pessoas sentem? As pessoas sentem a necessidade de salvação. As pessoas não sabem distinguir bem, intelectualmente: ‘Preciso encontrar meu Senhor, para que Ele me encha’, precisam de um guia, de um pastor. E as pessoas se aproximam de Jesus porque veem n’Ele um pastor, precisam ser ajudadas a caminhar na vida”, desenvolveu, observando que os outros sentiam-se suficientes e desprezam as pessoas, desprezam os pecadores”.
Depois, assinalou que “é interessante” que o pai não diz uma palavra ao filho que regressa a casa mas “apenas o beija, o abraça e lhe faz um banquete”, na parábola que “é a resposta para aqueles que o criticavam porque ele andava com os pecadores”.
O Papa referiu também que hoje “muitos criticam, pessoas da Igreja, aqueles que se aproximam de pessoas necessitadas, de pessoas humildes”, de pessoas que trabalham.
“Que o Senhor nos dê a graça de entender qual é o problema. O problema é viver em casa, mas não se sentir em casa, porque não há relação de paternidade, de fraternidade, apenas a relação de companheiros de trabalho”, concluiu Francisco, na homilia da Eucaristia que presidiu na Capela de Santa Marta.
CB