Vaticano: Papa Francisco manifesta «preocupação e amor» por Myanmar, em carta à conferência episcopal

Cidade do Vaticano, 16 mar 2021 (Ecclesia) – O Papa Francisco manifestou “preocupação e amor” por Myanmar e encorajou a Igreja Católica a “empenhar-se no processo de paz”, numa carta enviada ao presidente da conferência episcopal local.

O cardeal Charles Bo, arcebispo de Rangum, recebeu uma carta enviada em nome de Francisco pelo secretário de Estado do Vaticano e revela que o cardeal Pietro Parolin pediu que “a Igreja em Myanmar transmitisse a preocupação e o amor do Papa por esta nação”.

“Fortalecidos pelo mandato e encorajamento do Vaticano, a Igreja Católica, com as pessoas de boa vontade, comprometemo-nos com a tarefa de ver esta nação ressurgir em compreensão mútua e paz”, disse o presidente da Conferência Episcopal de Myanmar, citado pelo portal ‘Vatican News’.

Um golpe militar derrubou o Governo de Aung San Suu Kyi na antiga Birmânia, a 1 de fevereiro, acusando a comissão eleitoral do país de não ter posto cobro às “enormes irregularidades” que dizem ter existido nas legislativas de novembro.

Francisco pediu à Igreja Católica que se “empenhe no processo de paz” e se encontre com todas as partes envolvidas, o general Min Aung Hlaing, chefe das forças armadas birmanesas que lideram o golpe militar, e Daw Aung San Suu Kyi, líder da Liga Nacional para a Democracia (NLD), a sociedade civil, os líderes religiosos, e quem está envolvido nos protestos civis.

O cardeal Charles Bo exortou todas as partes em Myanmar a procurar “a paz” e afirmou que a crise não será resolvida com “derramamento de sangue”.

“Procuremos a paz. As mortes devem parar imediatamente, já morreram muitas pessoas. O sangue derramado é de nossas irmãs e irmãos, dos nossos cidadãos”, disse o arcebispo de Rangum, apelando ao fim das mortes.

As forças de segurança de Myanmar têm intensificado o uso de força para dispersar os manifestantes que protestam contra o golpe militar; Francisco reforçou os seus apelos pela democracia e a defesa dos direitos dos manifestantes no país asiático, a 3 de março.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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