Covid-19: Santa Sé incentiva à «distribuição equitativa das vacinas»

Apelo do representante na Organização para Segurança e Cooperação na Europa

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 16 mar 2021 (Ecclesia) – O observador permanente da Santa Sé na Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) apelou a garantir um acesso universal aos cuidados, em particular a “distribuição equitativa das vacinas” contra a Covid-19.

“As vacinas podem oferecer proteção contra o vírus, mas não curarão males sociais como a desigualdade e a indiferença”, disse D. Janusz Urbańczyk, esta segunda-feira, numa intervenção divulgada pelo portal ‘Vatican News’.

Na reunião sobre a retomada pós-pandemia, desafios e oportunidades, o observador permanente da Santa Sé na OSCE defendeu a necessidade de “remodelar” a relação entre os indivíduos e a economia, promovendo “um modelo mais inclusivo e humano”.

O responsável católico explicou que o “vírus sem fronteiras” agravou as emergências que já existiam “nas áreas de alimentação, economia e migração”, tornado-se “terreno fértil” para a propagação de um “clima de isolamento e desconfiança” que fragmentou, cada vez mais, “o tecido social e as relações entre os Estados”.

“Nestes tempos difíceis existe apenas uma alternativa: Reconhecer uma vulnerabilidade comum e procurar soluções partilhadas para transformar e repensar o estilo de vida atual e os sistemas económicos e sociais que ampliam a distância entre ricos e pobres com uma distribuição injusta dos recursos”, desenvolveu.

D. Janusz Urbańczyk afirmou que é necessário “um quadro ético mais sólido”, baseado na solidariedade global e a salvaguarda da criação.

Neste sentido, convidou os países membros da organização intergovernamental, com sede em Viena, a “garantir o acesso universal aos cuidados, em particular a distribuição equitativa das vacinas”

“A fraternidade e a esperança são como medicamentos que o mundo precisa hoje, em pé de igualdade com as vacinas”, disse o observador permanente da Santa Sé OSCE, citando o Papa Francisco na audiência ao Corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé, a 8 de fevereiro.

CB/OC

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