Vaticano: Papa elogia religiosos dedicados à Igreja e rejeita «burocratas»

Francisco pede «missionários apaixonados» sem medo do desconhecido

Cidade do Vaticano, 14 ago 2016 (Ecclesia) – O Papa elogiou hoje no Vaticano o “exemplar testemunho” de sacerdotes e religiosos que se dedicam ao “anúncio do Evangelho”, mesmo que isso lhes custe a vida, e rejeitou os “burocratas” na Igreja.

“A Igreja não tem necessidade de burocratas e de diligentes funcionários, mas de missionários apaixonados, devorados pelo ardor de levar a todos a consoladora palavra de Jesus e a sua graça”, declarou, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação do ângelus.

Desde a janela do Palácio Apostólico, Francisco apresentou uma reflexão sobre a ação do Espírito Santo nas comunidades católicas, a partir da imagem do “fogo”, sinal da “presença viva e operante” de Deus que “purifica e renova, queima cada miséria humana, cada egoísmo, cada pecado”.

O Espírito Santo, acrescentou, dá o “fervor para anunciar a todos Jesus e a sua consoladora mensagem de misericórdia”.

O Papa desafiou os membros da Igreja a rejeitar o “medo e o calculismo”, falando na necessidade de “coragem apostólica”.

“O Espírito Santo ajuda-nos a superar os muros e as barreiras, torna-nos criativos e leva-nos a meter-nos em movimento para caminhar também por estradas inexploradas ou incómodas, oferecendo esperança a quantos encontramos”, precisou.

Francisco recordou, a este respeito, o padre Maximiliano Kolbe, sacerdote polaco que morreu no campo de concentração de Auschwitz na II Guerra Mundial, cuja festa litúrgica se assinala anualmente a 14 de agosto.

Após a oração do ângelus, o Papa saudou os fiéis presentes na Praça, em particular os jovens vindos de várias cidades italianas.

Já esta segunda-feira volta a repetir-se este encontro de oração, por ocasião da solenidade litúrgica da Assunção de Maria.

OC

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