Decisão comunicada ao presidente da Academia Pontifícia Eclesiástica
Cidade do Vaticano, 17 fev 2020 (Ecclesia) – O Papa determinou que os futuros diplomatas da Santa Sé devem passar um ano ao serviço de dioceses em território missionário, uma decisão comunicada ao novo presidente da Academia Pontifícia Eclesiástica, anunciou hoje o Vaticano.
Francisco recorda “o desejo que os sacerdotes que se preparam para o serviço diplomático da Santa Sé dediquem um ano de sua formação ao empenho missionário”, que tinha manifestado em outubro de 2019, no final do Sínodo especial para a Amazónia.
“Estou convencido que esta experiência poderá ser útil a todos os jovens que se preparam ou iniciam o serviço sacerdotal, mas de modo especial àqueles que, no futuro, serão chamados a colaborar com os representantes pontifícios”, precisa o documento.
A carta cita um discurso do atual Papa à Academia Pontifícia Eclesiástica – que prepara os diplomatas da Santa Sé – em junho de 2015.
“A missão que um dia sereis chamados a desempenhar levar-vos-á a todas as regiões do mundo. À Europa, necessitada de despertar; à África, sequiosa de reconciliação; à América Latina, faminta de alimento e interioridade; à América do Norte, comprometida a descobrir de novo as raízes de uma identidade que não se define a partir da exclusão; à Ásia e à Oceânia, desafiadas pela capacidade de fermentar na diáspora e de dialogar com a vastidão de culturas ancestrais”, disse então Francisco.
O Papa explica que considerou necessário que os futuros diplomatas tenham no seu currículo “uma experiência pessoal de missão fora da sua diocese de origem, partilhando com as Igrejas missionárias um período de caminho junto das suas comunidades”.
Esta experiência vai entrar em vigor na formação do próximo ano académico, 2020/2021.
“Estou certo de que, superadas as preocupações iniciais que poderiam surgir diante deste novo estilo de formação para os futuros diplomatas da Santa Sé, a experiência missionária que se quer promover se tornará útil”, conclui Francisco.
OC